Andreescu sobre as lesões: «Cada vez que me afasto do desporto, aprendo mais sobre mim mesma»

Por Rodrigo Caldeira - Maio 19, 2025
andreescu

Bianca Andreescu, jogadora que se encontra atualmente na posição 102 do ranking mundial, não tem tido vida fácil no que toca a lesões e consistência. A jogadora canadiana surpreendeu tudo e todos ao vencer o US Open em 2019 com apenas 19 anos, mas desde aí que as lesões têm assombrado a carreira de Bianca, o que a atirou para fora do top 100. Muitos duvidam que a jogadora voltará ao seu melhor e conseguir chegar ao seu melhor ranking (.4º), mas Andreescu acredita que sim, com uma nova mentalidade e perspetiva de vida. Este ano começou novamente mal para a jogadora, depois de ver o seu regresso adiado por causa de uma apendicite.

APRENDER COM AS LESÕES 

“Cada vez que me afasto do desporto, aprendo mais sobre mim mesma. Tenho lidado com algumas questões pessoais e, há dois meses, fui operada de apendicite. Estava pronta para jogar em Indian Wells e Miami, mas o destino não quis que acontecesse ainda. Aceitei a situação e o facto de começar a temporada em terra batida, mas a preparação correu muito bem e aprendi imenso sobre mim. Por isso, estou super feliz por estar de volta”.

NOVA MENTALIDADE 

“Tenho uma nova mentalidade e isso faz-me sentir diferente a cada semana. Sinto que estou sempre a mudar como pessoa, mas mantenho os meus valores e, por vezes, é complicado recomeçar. Mas é assim a vida. Nunca dou nada como garantido — essa é uma das maiores lições que aprendi, juntamente com a importância de ser paciente. Sei do que sou capaz, obviamente, ser número um do mundo e conquistar muitos Grand Slams. Mas estou muito mais focada no processo, isso é algo muito importante para mim. Não desfrutei muito destes últimos anos, mas agora sinto que estou completamente empenhada nesse objetivo e isso sabe muito bem.”

VOLTAR A LEVANTAR UM TROFÉU 

“Vencer o torneio de pares em Vic ajudou-me imenso, foi incrível para mim porque, com esse título, quebrei uma seca de seis anos sem ganhar nada. Esse momento deu-me muita confiança — e essa confiança, acreditar em nós próprios, nos nossos golpes e no nosso ténis, acho que é a chave.”

MELHORAR O SEU JOGO E A DISCIPLINA 

“Sem dúvida, isso é o mais difícil para mim. Quando tenho tantas opções em campo e não sei qual escolher. Recuperar essa confiança é muito importante para o meu jogo. Para mim, é um processo constante de aprendizagem, porque continuo a ter dificuldades nesse aspeto. Por isso, tento focar-me nisso, sobretudo nos treinos — no facto de escolher o melhor golpe no momento certo e em ter diferentes táticas que me ajudem a construir essa confiança. Ter uma boa disciplina está a ajudar-me muito em campo. A preparação é a chave, e se me sentir bem preparada, sei que vou ganhar o jogo”.

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.