Alcaraz desvaloriza perda da liderança: «Sou muito jovem e tenho muito a melhorar»
Carlos Alcaraz já está na Argentina para jogar o ATP 250 de Buenos Aires, naquele que será o seu primeiro torneio da temporada de 2023, depois de ter desistido do Australian Open devido a lesão.
Agora, totalmente recuperado, o número dois mundial está pronto para a luta e motivação não lhe falta, apesar de ter perdido a liderança do ranking para Novak Djokovic.
REGRESSO À COMPETIÇÃO
Estou aqui há vários dias para treinar com jogadores muito bons e ir ganhando esse ritmo para começar o torneio o melhor possível. Sei que não é fácil. O ano passado foi muito bom, obviamente. Consegui o meu sonho, o meu objetivo muito depressa, em apenas um ano, mas tentei levar o mais natural possível. Tenho claro que é o ténis o que gosto de fazer e ao que me quero dedicar, além dos resultados. Para conseguir o número um tinha de marcar objetivos a longo prazo mas sobretudo continuar a desfrutar do ténis, continuar a treinar e a trabalhar. Sou muito jovem e tenho muito a melhorar, apesar de ter sido número um. Tenho que continuar a olhar para a frente.
INSPIRAR-SE COM OS MELHORES
Digo sempre que os melhores do mundo e da história nunca se estancaram. Foram sempre a melhorar ao longo do tempo. O Roger, Rafa e Nole quando eram jovens eram muito bons mas com o passar do tempo foram melhorando. Eu, pessoalmente, penso que posso melhorar tudo ao nível do ténis, físico e mental. Pouco a pouco, com a minha equipa, vou dar esses pequenos saltos para ser melhor.
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AMBIÇÕES
Querer sempre ir para a frente, nunca ter medo, foi o básico para conseguir o que consegui. Nunca ter medo medo de quem defronto. Havia certos jogadores onde tinha algum respeito, jogar contra o Rafa ou o Djokovic, contra os melhores mas não muitos. Sempre levei de uma maneira muito natural, sempre quis vencê-los e essa ambição é o que me fez ser o que sou agora mesmo.
SONHO CONCRETIZADOS DE FORMA PREMATURA
Houve momentos em que, ao ter de marcar novos objetivos, me surpreendi por ter conseguido tão depressa. No geral levo bem, sei o que quero ser e onde quero chegar. Isso é o importante. Tenho claro o que necessito e quero continuar a melhorar. Continuo a ter uma vida normal, apesar de ser mais conhecido que antes. Sou muito próximo com as pessoas e gosto dessa parte. Desta forma vejo toda a gente a animar-me em cada encontro e dá gosto saber isso.
RAFA NADAL
Em Espanha, o Rafa é um ídolo praticamente para todos os que seguem ténis e, inclusivamente, no desporto. Eu desde pequeno, como gostava de ténis e praticava, era o Rafa em quem me fixava. O esforço, o carisma e o cúmulo de todos esses anos.