Acha que é difícil ser tenista em Portugal? Em Espanha também não está fácil…

Por admin - Dezembro 9, 2015

O ténis espanhol continua desesperadamente à espera de uma geração de jovens que seja capaz de render jogadores como Rafael Nadal e David Ferrer, que estão mais perto do final das suas carreiras do que do começo. No top-100, o país vizinho continua a ser o país com mais representantes, mas o mais jovem de todos tem… 24 anos: Pablo Carreno Busta, duas vezes semifinalista de torneios ATP em Portugal, é uma exceção que confirma a regra, e mesmo assim carrega o fardo pesado de os espanhóis não se contentarem apenas com um jogador que tenha potencial de top-30 ou top-20. Querem mais.

Recentemente, alguns dos principais jogadores espanhóis enviaram uma carta à imprensa onde denunciavam a má gestão dos dinheiros da Real Federação Espanhola de ténis e, esta semana, o site espanhol “Punto de Break” aborda a história do jovem Alex de Miñaur, um jovem de 16 anos, atual top-20 mundial de juniores, que lhe viu fechada a porta da Federação Espanhola.

Nascido em Sydney em 1999, Miñaur mudou-se para Espanha com apenas cinco anos e rapidamente se tornou no número um do país nos mais diferentes escalões de formação – sub-10, sub-12. Em 2011, os seus pais pediram ajuda à Federação Espanhola para ajudar com os elevados custos da carreira do filho, que sonhava ser profissional e receberam como resposta um claro… “não”, acompanhado de um convite para recorrer à Federação Australiana.

A Tennis Australia não deixou fugir o talento, que rapidamente se converteu num dos melhores juniores do Mundo. Este ano, surpreendeu tudo e todos ao chegar às meias-finais do US Open júnior, vindo da fase de qualificação, e na semana passada só foi travado por Felix Auger Aliassime, o prodígio canadiano de 15 anos, na final do Eddie Herr, depois de ter uma mão cheia de match points ao seu dispor.

Sem surpresas, Miñaur já não faz qualquer questão em jogar pelo que país que foi o seu durante a infância, ainda que tenha dupla nacionalidade. “Sou australiano e quero fazer parte da história deste país”, garante o jovem que esta semana vai disputar o Orange Bowl, onde também está o português (e seu amigo) Duarte Vale.