A temer pelo futuro, tenistas assinam petição e pedem ajuda financeira

Por José Morgado - Março 27, 2020
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O Mundo está em suspenso e o ténis também. Milhões de pessoas correm o risco de ficar sem emprego por causa do coronavírus e o desporto não é exceção. Nalgumas modalidades, os clubes já garantiram a manutenção dos ordenados por inteiro apesar da situação excecional. Noutras, os desportistas vão ter de enfrentar cortes. No ténis… ninguém ganhará nem um cêntimo.

Com o circuito suspenso até, pelo menos, 8 de junho, em todas as categorias de torneios, todos os jogadores profissionais ficaram sem aquele que é o seu ‘ganha-pão’. Não há clubes que os sustentem ou uma entidade à qual possam recorrer nestes tempos de crise. Não jogam… não ganham.

E é perante esse drama que mais de 800 pessoas (à hora em que escrevemos esta notícia), maioritariamente tenistas e técnicos, já assinaram uma petição que pede ajuda financeira para quem neste momento ficou ‘sem chão’. “Os jogadores com pior ranking não conseguem poupar. Não têm como viver numa situação destas. Há quem vá ter dificuldade em colocar comida na mesa. Muitos dos jogadores que competem em Futures ganham alguma liquidez a dar aulas nas horas vagas ou em interclubes bem pagos em diversos países. Mas agora tudo isso está parado e suspenso. Compreendo que nesta altura haja problemas bem maiores no Mundo do que a nossa situação, mas alguém de se chegar à frente e responsabilizar-se pelos jogadores, que também dão muito dinheiro a ganhar ao ténis”, contou ao ‘The Guardian’ Sofia Shapatava, número 371 WTA e primeira subscritora da petição.

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O circuito ATP tem um ‘fundo’ de jogadores, para precaver situações como aquelas que estamos agora a enfrentar, mas o novo presidente da entidade, Andrea Gaudenzi, prefere esperar para ver. “A nossa forma de lidar com este problema e de tomar medidas só será decidida depois de termos uma ideia mais aprofundada de quão longa será esta paragem. Nesta altura é prematuro avaliar isso”, confessou o italiano, que vai vivendo a crise do coronavírus bem de perto no seu país.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com