Fognini para Sinner e Alcaraz: «A Taça Davis nunca será uma prioridade»

Por Rodrigo Caldeira - Novembro 25, 2025
Fognini-Alcaraz

Embora a Taça Davis 2025 já tenha terminado, ainda faltavam algumas opiniões para recuperar e dar um melhor contexto ao cenário. Um exemplo disso é a opinião de Fabio Fognini sobre o formato atual da competição, além da sua análise acerca das ausências registadas em Bolonha. Numa entrevista ao Corriere della Sera, destacada pela Eurosport, podemos ler o italiano explicar porque não apareceu este fim de semana em Bolonha, onde o seu país conquistou a Taça Davis pelo terceiro ano consecutivo graças às atuações de Matteo Berrettini e Flavio Cobolli.

NÃO COMPARECER EM BOLONHA 

“Por agora, preferi dar um passo atrás, por diferentes razões. Para mim, a Taça Davis foi tudo, é a minha vida, terei sempre essa porta aberta. Hoje sigo alguns resultados à distância, mas confesso que já não vejo ténis, desliguei-me por completo. No Fognini, no party. Neste momento, o que me ocupa é a dança, embora ainda tenha arranjado tempo para enviar umas mensagens ao Flavio (Cobolli) para o felicitar pelos encontros que ganhou, e ainda por cima jogando como eu gosto”

OPINIÃO SOBRE A “NOVA” DAVIS 

“A minha opinião sobre a nova Taça Davis? Bem, transformaram-na por completo, dizem que para pior […] Sinceramente, também acho isso. Os melhores jogadores pedem para que seja disputada de dois em dois anos, não sei bem o que pensar. Claro que as ausências de Jannik Sinner e Carlos Alcaraz fizeram com que a competição perdesse algum brilho; a verdade é que faltavam nomes do top-10, estava lá apenas o Zverev. Isto não é bom para o torneio, é preciso rever o formato, mas a prioridade do Jannik e do Carlos nunca será a Taça Davis”

LEMBRANÇAS DA TAÇA DAVIS 

“Guardo muitas relíquias: lenços, camisolas e até algumas medalhas. No entanto, não tenho a taça, isso é verdade. Mais do que uma conta pendente, diria que ficou como um sonho que não se concretizou. Vencer a Taça Davis sempre foi um objetivo do qual queria fazer parte, simplesmente porque o merecia ou pelo menos é isso que eu penso. Acho que teria sido mais justo assim, mas nunca aconteceu, o sonho ficou guardado na gaveta”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.