Sinner e a Davis: «Não vou porque precisava de uma semana extra»

Por Rodrigo Caldeira - Novembro 5, 2025

Cada vez que Jannik Sinner alcança um grande sucesso, é exaltado no seu país e a sua figura é enaltecida como o grande representante do desporto transalpino. No entanto, basta tomar uma decisão controversa para que o acusem de ser “meio austríaco” e surjam as críticas. A sua recusa em participar na Taça Davis 2025 despertou uma onda de contestação.

Jannik Sinner já demonstrou inúmeras vezes o seu compromisso com a equipa italiana da Taça Davis e um profundo sentimento de pertença ao seu país. Contudo, ter nascido numa província quase fronteiriça com a Áustria facilita o trabalho dos críticos mais ferozes, que aproveitam qualquer ocasião para espalhar ódio quando algo não lhes agrada. Depois de receber duras críticas pela sua ausência nas Finais da Taça Davis 2025.

SENTIMENTO PATRIÓTICO 

“Tenho orgulho em ser italiano e deixa-me feliz ter nascido neste país e não na Áustria, ou em qualquer outro. Digo-o com total sinceridade; este país merece ainda mais do que aquilo que estou a fazer. Temos infraestruturas tenísticas, treinadores de qualidade, grandes jogadores e uma mentalidade competitiva muito forte. É curioso ver como as pessoas retiram ‘italianismo’ à Sicília ou ao Trentino, mas temos a sorte de contar com regiões com a sua própria identidade. Devemos manter-nos unidos, valorizar-nos e sentir orgulho em fazer parte de um projeto comum como é Itália”

AUSÊNCIA NA TAÇA DAVIS 2025

“Quando chegas ao final da época, precisas de algum tempo para recuperar de toda a pressão acumulada, das emoções vividas, o desgaste físico e mental da competição é muito elevado e é necessário um período para descansar e voltar a estar em forma. Se puderes contar com uma semana extra de preparação, terás também uma semana adicional para descansar e chegar à pré-época muito mais motivado, com energia e vontade de regressar ao ténis”

DECISÃO CERTA 

“Jogo ténis quase todos os dias da minha vida e há momentos em que não me apetece; se conseguir antecipar as minhas férias e começar mais cedo a pré-época, poderei gerir as cargas de treino de forma progressiva, algo essencial para evitar lesões. Não tenho dúvidas de que este ano a decisão certa é a que tomei”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.