Vacherot: «O anormal era eu estar fora do top 200»

Por José Morgado - Outubro 31, 2025
Vacherot

A caminhada mágica de Valentin Vacherot em 2025 não dá sinais de abrandar. O monegasco, que há apenas duas semanas estava fora do top 200 mundial, chegou aos quartos de final do Rolex Paris Masters depois de eliminar Lehečka, Rinderknech e Norrie, confirmando que o brilho mostrado em Xangai não foi um acaso.

“Está tudo em aberto neste desporto, tudo pode acontecer a qualquer momento — é isso o ténis”, afirmou Vacherot, quando questionado sobre a origem desta fase inspirada. “Obviamente, não esperava avançar desta forma neste torneio, mas felizmente continuo no quadro e estou a desfrutar muito mais dos encontros do que em Xangai. É muito divertido jogar aqui, só espero continuar, embora esteja a ser bastante cansativo. Não tenho tido muito tempo livre — o normal seria ter dois dias para recuperar, mas desta vez não foi assim. Felizmente, o jogo de hoje não durou tanto e vou ter um pouco mais de tempo para descansar antes de amanhã.”

Depois de uma grave lesão que o afastou do circuito, Vacherot reencontrou o seu melhor ténis. “Antes da lesão estava no top 110. Este ano joguei muito melhor do que no anterior, mesmo sem muitas meias-finais ou finais. Continuo a acreditar em mim. Talvez o anormal fosse estar no 204.º lugar. Sei que o meu nível está mais próximo do top 100 — até acredito que posso entrar no top 50”, confessou o jogador de 26 anos.

Quanto ao ambiente em Paris, o monegasco mostrou-se encantado: “Hoje consegui desfrutar muito. O público foi incrível — esteve sempre presente, a apoiar, e todos se divertiram tanto quanto eu. Fui o primeiro a desfrutar dentro do court.”

Nos quartos de final, Valentin Vacherot vai defrontar Felix Auger-Aliassime, em busca de mais um capítulo de sonho nesta reta final de temporada.

Leia também:

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com