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Mahut despede-se em paz: «Já não me importo que a minha carreira seja recordada por uma derrota»
Nicolas Mahut terminou esta semana a sua carreira profissional depois de ter jogado 25 anos ao mais alto nível, quer em singulares, quer em pares.
Para a história ficaram títulos do Grand Slam, Masters 1000, Taça Davis e, além disso, um embate histórico em Wimbledon onde perdeu para John Isner, depois de 70-68 no quinto e decisivo set.
Mahut, em conversa com os jornalistas, recordou esse embate e admitiu que vai entrar nesta nova etapa da sua vida em paz e de consciência tranquila.
DUELO DE WIMBLEDON PARA A HISTÓRIA
Talvez não tenha sido suficientemente forte para deixar a minha marca no mundo do ténis através do meu palmarés, mas encontrei uma forma de ficar para sempre associado a Wimbledon, que para mim é o melhor torneio do mundo. Quando fui este ano com o meu filho, caminhámos pelos corredores e ele encontrou o meu nome num deles, o meu nome, que também é o dele. Isso encheu-me de orgulho. No fim de contas, não há nada mais bonito para mim.
UMA CARREIRA DE LUXO
Ser capaz de erguer títulos do Grand Slam é uma das minhas melhores recordações como profissional, sem dúvida é o que mais recordarei. Ainda assim, para além dos títulos ou dos troféus que possa ter, fico sempre com tudo o que aconteceu para que eu pudesse conquistar essas vitórias. Falo também dos maus momentos, as dúvidas, o questionamento pessoal ou os erros que cometi. No fim, é tudo isso que enriquece uma carreira e a minha foi muito rica nesse sentido.
TAÇA DAVIS DE 2017, MOMENTO MAIS ESPECIAL
Este torneio guiou toda a minha carreira, por isso quis sempre jogá-lo, porque me fazia sonhar. Quis ser tenista depois de ver a Taça Davis de 1991; foi isso que me fez tomar a decisão, embora não soubesse o que teria de fazer. A partir desse momento, tive a certeza: era isto que queria fazer e este era o torneio que queria ganhar. Não importava o esforço que fosse necessário até que acontecesse — a verdade é que acabei por agarrar o troféu pela asa.
AINDA O HISTÓRICO ENCONTRO DE WIMBLEDON
Isso ficará, de certa forma, na memória de toda uma geração, o que não é nada mau. Para mim, foi um momento muito doloroso, um instante em que me senti suspenso no tempo. Inevitavelmente, esse é um dos meus maiores recordes como profissional. No início foi até incómodo, porque estava cansado de ser o perdedor desse encontro. Agora, no entanto, gosto de falar sobre essa experiência tão louca. Foi algo que me trouxe muito, como jogador e como pessoa. Não me importa estar tão associado a uma derrota, porque depois disso consegui conquistar grandes coisas.
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