Henman: «Djokovic deve continuar a jogar o tempo que quiser»

Por José Morgado - Outubro 19, 2025

Novak Djokovic desperdiçou mais uma oportunidade esta semana no Six Kings Slam, torneio do qual saiu sem vencer qualquer encontro. Aos 38 anos, o mundo do ténis começa a questionar quanto tempo mais o sérvio poderá continuar em atividade ao mais alto nível. Entre os que analisam o momento do número 1 mundial está Tim Henman, antigo tenista britânico e atual comentador.

Para Henman, o sucesso de Djokovic nesta fase final da carreira dependerá essencialmente do seu estado físico. A recente desistência do sérvio frente a Taylor Fritz, em Riade, reforçou essa perceção. “Esta temporada, chegou às meias-finais dos quatro Grand Slams, o que é um feito fenomenal. O problema é o percurso até lá, ter de disputar cinco encontros antes e, depois, enfrentar jovens no auge das suas capacidades. Novak não tem conseguido encontrar as soluções de que precisa”, afirmou o ex-número 4 mundial ao portal Tennis 365.

Apesar das dificuldades, Henman considera que Djokovic deve continuar enquanto sentir prazer em competir. “Sempre digo que estes grandes campeões devem jogar o tempo que quiserem. Ganharam o direito de disputar os torneios que desejarem, durante quantas épocas entenderem. Se ainda está a divertir-se, que continue. É o melhor trabalho do mundo. Reformar-se é algo que dura muito tempo”, sublinhou o britânico.

Questionado sobre quando poderá chegar o adeus de Djokovic, Henman preferiu não arriscar previsões, recordando a sua própria experiência. “Cada jogador tem a sua viagem. No meu caso, decidi parar logo após o US Open de 2007 e despedir-me na Taça Davis em casa. Tomei a decisão em apenas 24 horas”, revelou.

Enquanto o público especula sobre possíveis cenários — do Open da Austrália à Taça Davis ou até aos Jogos Olímpicos de 2028 —, Djokovic mantém o foco: “Não vai acontecer tão cedo, lamento desiludir-vos”, garantiu o sérvio em Riade.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com