Zverev: «Tanto o Sinner como o Alcaraz estão a anos-luz dos restantes»

Por Rodrigo Caldeira - Outubro 17, 2025
Zverev

Alexander Zverev (3.º) insiste que tudo se deve a uma conjugação de problemas físicos que lhe têm impedido de mostrar o seu melhor nível, fazendo com que a sua confiança se vá deteriorando com o passar do tempo. Mas também a superioridade de Jannik Sinner (2.º) e Carlos Alcaraz (1.º) teve um peso evidente.

A sua passagem fugaz pelas Six Kings Slam 2025 não faz mais do que reforçar a sensação de estar preso a uma crise profunda de jogo, resultados e identidade. Alexander Zverev olha já para a próxima época com o desejo de poder competir em plenas condições físicas, livre de incómodos e capaz de recuperar o nível de jogo que sempre o tornou um candidato permanente à glória nos torneios do Grand Slam. Sobre isso refletiu em declarações recolhidas pelo Ubitennis, onde destacou a flagrante superioridade de Sinner e Alcaraz, escolhendo quatro tenistas que poderiam fazer-lhes frente em 2026.

ADORAR A SUA PROFISSÃO 

“Adoro ser tenista. Por muito que viajemos durante onze meses, sei que sou um privilegiado e não me sinto confortável a queixar-me. Esta temporada foi muito difícil para mim por causa das lesões. No início do ano era o número dois do mundo e estive perto de chegar ao número um. Sei que esse é o meu nível quando estou saudável, mas não consegui estar em boas condições em nenhum momento desde então. Quando estiver livre de problemas físicos, terei de trabalhar para recuperar o meu melhor ténis e a minha confiança. A chave para mim agora é ficar em boa forma para chegar da melhor maneira possível a 2026”

PROBLEMA NO OMBRO 

“Tinha passado alguns dias a sentir-me muito melhor, mas no aquecimento do meu jogo voltei a sentir dores. Foi muito azar. O ténis é um desporto brutal, no qual é difícil gerir este tipo de problemas. Preciso de consultar a minha equipa para perceber qual é a melhor forma de encarar a recuperação”

ALCARAZ E SINNER

“Neste momento, ambos estão a anos-luz dos demais. Continuo a ser o número três do mundo, mas sinto que o Jannik e o Carlos são muito superiores. Não podemos ficar de braços cruzados a vê-los ultrapassar-nos — temos de elevar o nosso nível. Pessoalmente, creio que somos quatro os jogadores que devemos enfrentá-los: Djokovic, Fritz, Draper e eu. Em todo o caso, não posso pensar nisso enquanto não estiver completamente recuperado”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.