Ethan Quinn: «Pensei que isto ia ser fácil, que os ia esmagar a todos»

Por Rodrigo Caldeira - Outubro 8, 2025
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Ethan Quinn (72º) é sem dúvida uma das grandes revelações da temporada de 2025 no circuito masculino. Um jovem que começou o ano fora do top 200 e que agora ameaça entrar no top 70 mundial. Com 21 anos, o percurso do jogador norte americano que passou este ano pelo Estoril Open, mas não chegou a entrar em court, tornou- se algo complicado por causa do seu excesso de confiança que lhe causou dores de cabeça no início, até perceber que esta aventura não seria nada fácil. Assim o explica o jogador numa conversa com o tennis.com.

EXPECTATIVAS DELIRANTES 

“Honestamente, isto é, mais ou menos, o que esperava quando me tornei profissional pela primeira vez. Tinha algumas expectativas delirantes, pensamentos de que iria entrar no circuito e esmagar toda a gente, que me colocaria no top 75 mundial de imediato. Achei que tudo seria muito fácil assim que saísse da universidade, mas rapidamente a vida deu-me uma lição de realidade”.

TEMPORADA 2024 E MENTALIDADE ERRADA

“A temporada de 2024 já foi realmente difícil para mim. Pensei que iria explodir no momento em que entrasse no balneário, que rapidamente daria aquele salto que precisava, mas também não aconteceu. Para mim, foi muito complicado processar tudo isso. No fim, não me restou outra opção senão baixar a cabeça depois de dois anos de frustração e falta de progresso. A minha mentalidade sempre foi essa, embora, no fundo, soubesse que nada disto podia ser fácil. Uma vez que mudámos essa perspectiva, o resto também mudou. Agora vemos cada jogo apenas como mais um jogo, em vez de o encarar como uma vitória ou uma derrota. Se ganho, ótimo é uma nova oportunidade para jogar outro encontro”.

DIFICULDADES ULTRAPASSADAS 

“Acho que ter passado por todas estas dificuldades acabou por ser algo muito positivo para o meu desenvolvimento. Se simplesmente apareces em cena e tens muito pouca luta, corres o risco de não saber o que fazer. Agora tenho muito mais espaço à minha frente para continuar a evoluir e fazer o meu jogo crescer”.

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.