Sinner reconhece: «Alcaraz merece ser número um do mundo»

Por Nuno Chaves - Setembro 25, 2025

Jannik Sinner regressou com tudo à competição ao arrasar na sua estreia no ATP 500 de Pequim, agora já com o estatuto de número dois mundial.

O italiano perdeu a liderança mais de 60 semanas depois, ainda assim, mostrou-se com muito desportivismo ao reconhecer que Carlos Alcaraz merece estar no topo.

VITÓRIA CONTRA CILIC

É sempre difícil jogar contra o Marin. O seu nível de topo é muito, muito alto. Treinei com ele em Nova Iorque, por isso tinha uma referência recente, mas tenho-lhe imenso respeito. Consegui quebrar-lhe o serviço bastante cedo, o que me deu muita confiança para todo o encontro. Estou muito, muito feliz com a minha exibição. Tinha muita vontade de voltar a jogar um encontro oficial, trabalhámos muito para regressar aqui. Sentia falta da competição. É normal estar nervoso e ter dúvidas, acontece todos os dias, mas também estava entusiasmado por voltar. Neste momento sinto-me ótimo, tanto física como mentalmente, que é o mais importante de tudo. O corpo e a mente estiveram hoje fantásticos.

PERDEU LIDERANÇA PARA ALCARAZ MAIS DE 60 SEMANAS DEPOIS

Acho que nem me tira nem me acrescenta pressão. A época foi o que foi: sim, repartimos os Grand Slams, mas ainda assim tivemos duas temporadas muito diferentes. Eu estou muito, muito feliz com o ano que ainda estou a assinar. Da minha parte, sinto que o que conquistei foi excecional. O que o Carlos está a conquistar também o é: ganhou muitos, muitos títulos este ano. Merece estar aí, é tão simples como isso. Jogou mais torneios e jogou-os todos a um nível altíssimo de ténis. Se foi ele quem conseguiu grandes resultados, então merece estar aí.

AINDA HÁ MUITO POR DISPUTAR

O que tiver de acontecer em Turim, acontecerá. A Taça Davis tem fatores diferentes. Não jogas por ti, jogas por todo o teu país, o que faz com que sintas uma pressão diferente. A época ainda não acabou. Ainda temos este torneio, Xangai e Paris, dois Masters 1000 muito importantes e depois Turim e a Taça Davis. Ainda restam torneios enormes. Os mais importantes já passaram, os Slams, e repartimo-los. A única coisa que posso dizer é que estou muito contente com o ano que fiz. O ranking vai e vem.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.