Iga Swiatek em Pequim: «O número um não é a prioridade»

Por Tomás Almeida - Setembro 24, 2025

O circuito feminino está em peso na China e por estes dias vão-se disputando os primeiros confrontos referentes ao WTA 1000 de Pequim, prova que irá decorrer até ao próximo dia 5 de outubro.

A tenista polaca de 24 anos Iga Swiatek conquistou no passado domingo o WTA 500 de Seoul, na Coreia do Sul, após operar uma grande reviravolta na final diante de Ekaterina Alexandrova, e chega a Pequim com muita vontade de seguir nesta senda vitoriosa e vencer o tão almejado título, figurando, naturalmente, como uma das principais candidatas a chegar a esse derradeiro encontro da competição na capital chinesa.

Em conferência de imprensa, a seis vezes campeã de torneios do Grand-Slam mostrou-se bastante elucidativa, contente pelo momento de forma que vive, teve ainda tempo para falar sobre a possibilidade de fechar o ano como número um do Mundo e abordou também a mudança de calendário das Billie Jean King Cup Finals.

A VITÓRIA EM SEOUL

“Sinceramente, não consegui refletir muito porque sabia que teria um dia de folga depois da final, então passei 12 horas conhecer a cidade. Ouvi falar muito bem dela, mas durante o torneio não tive tempo de explorar. Feliz por ter chegado à final. Mesmo não tendo sido uma partida perfeita, venci. E isso não acontece com frequência. Normalmente sinto-me bem com o meu ténis, mas a sensação no início da final não foi boa, e consegui reverter a situação. Essa é a maior lição que tirei de Seoul, embora, no geral, tenha sido uma ótima experiência. Espero voltar porque me diverti muito.”

CHANCES NA LUTA PELO NÚMERO UM

“Eu diria que o número um é algo que está sempre na nossa mente, mas não é a prioridade. Eu sei que, em termos de ranking, não importa muito se tu és o número 2 ou o número 1, são apenas números. Não estou focada nisso. É uma situação diferente do ano passado, quando não consegui defender a posição de número um, sim, então estou feliz por poder lutar por ela, mas o meu foco está no ténis e em como me sinto no court.”

RECORDAÇÕES DO TORNEIO DE PEQUIM

O torneio mudou bastante. Cheguei aqui depois de Tóquio (há dois anos), onde perdi na terceira ronda. Era um torneio menor e foi uma grande desilusão. Eu não me estava a sentir bem e estava muito cansada de toda a temporada e do que tinha vivenciado no US Open. Cheguei a pensar em saltar a gira asiática, mas a minha equipa disse me para não o fazer. Cheguei sem expectativas, até um pouco tensa, porque não tinha conquistado nenhum título. Não me diverti muito nos primeiros treinos. Ao longo do torneio, no entanto, senti que a superfície e as bolas se estavam encaixar como uma luva. A reta final da temporada não é fácil. Sentes te cansado, mas precisas de fazer um último esforço. A dinâmica mudou para mim em Pequim.”

MUDANÇA NAS BILLIE JEAN KING CUP FINALS

“Quanto ao lugar no calendário, é uma boa decisão, porque para uma jogadora que não jogue as WTA Finals é difícil sentir-se parte da temporada em novembro e não poder tirar férias. Talvez eu não devesse falar sobre férias, mas sejamos honestos, não há tempo para elas durante a temporada. Algumas jogadoras esperam, outras tiram férias, treinam por alguns dias e depois jogam o torneio, o que não é o ideal…”

  • Categorias:
  • WTA
A minha paixão pelo ténis começou aos 10 anos e desde então tem crescido dia após dia. Já deixou de ser um mero desporto para mim, enquanto consumidor de tudo um pouco, ... bem, talvez nunca tenha sido... Estou aqui para continuar a ser surpreendido e a aprender com algo único e incomparável como o ténis. Hoje em dia não me consigo imaginar a viver sem a bola amarela no canto do olho. Quero seguir neste mundo e fazer dele o meu futuro, crescendo com todas as aprendizagens adquiridas a partir de valiosas experiências. Continuem desse lado!