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Murray feliz com a nova fase: «Estou a desfrutar imenso da vida longe do ténis»

Andy Murray retirou-se da modalidade há pouco mais de um ano, pelo caminho, até já treinou Novak Djokovic mas agora sim pode dizer que está a desfrutar da reforma.
O antigo número um mundial deu uma extensa entrevista ao The Times, onde abordou diversos assuntos, desde a fase final da sua carreira, ao seu atual momento.
PAIXÃO PELO… GOLFE
Os meus filhos pensam que sou golfista. Dizem-me: ‘Pai, porque é que jogas todos os dias?’. Na realidade, não joguei durante 12 anos porque fui operado às costas quando tinha vinte e poucos anos e doía-me quando praticava. Felizmente, desde que terminei [a carreira] tem corrido bastante bem, acho que o ténis era o principal problema e agora desfruto muito disto.
DIFICULDADE EM COMPETIR EM WIMBLEDON NO ANO PASSADO
O problema não era a dor. Era não ter controlo total sobre a minha perna porque um dos nervos das minhas costas estava comprimido pelo quisto, mas eu só queria jogar em Wimbledon mais uma vez. Tinha dado tudo. Já não havia muito mais a fazer.
NÃO SE LEMBRA DO VÍDEO DE HOMENAGEM
Para ser sincero, quando estava em campo, a minha cabeça andava à roda. Não consegui concentrar-me muito no vídeo, mas já o revi. Obviamente, naquele momento estava muito emocionado. Tinha muitas coisas na cabeça, mas também estava feliz. Esperava sentir-me realmente esmagado pelo momento, mas foi apenas um sinal de que estava preparado. Sabia que era o fim. Não foi como tinha imaginado, a jogar pares, mas quando penso nisso, jogar com o meu irmão no court central de Wimbledon foi uma forma incrível de terminar. Nunca tínhamos tido essa oportunidade.
PREPAROU-SE PARA O FIM
Pensava que ia sentir muito a falta porque adoro ténis. Não deixei de jogar por já não gostar, deixei porque fisicamente não conseguia competir ao nível que queria e há muitas histórias de desportistas que terminam a carreira e em um ano ou 18 meses já gastaram todo o dinheiro ou têm problemas de saúde mental, por isso sim, isso preocupava-me, para ser sincero. Dediquei tempo a preparar-me [para a reforma] ao falar com psicólogos sobre como iria fazê-lo.
FELIZ COM A NOVA FASE
Aos meus filhos não lhes interessa nem se preocupam com o que fiz na minha carreira profissional. Neste momento, não bato bolas, não treino, nunca vou ao court a não ser que os meus filhos ou a minha mulher queiram jogar, por isso, sim, simplesmente não sinto falta. Para ser sincero, não me custou nada. Estou a desfrutar imenso da minha vida longe do ténis.
OBJETIVOS A CURTO PRAZO
O meu objetivo é a minha família. Não tenho vontade de sair e explorar um monte de coisas porque estou contente em casa. Hoje levei dois dos meus filhos às aulas de golfe e esta tarde vou ao treino de futebol do meu filho. Aos sábados vamos sempre jantar fora em família. Só quero estar presente em todas essas coisas que perdi quando jogava. Passei muitos anos longe de casa, a viajar, a dar prioridade à minha carreira. Sinto que agora estou a compensar um pouco isso.
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