Petra Kvitová: «Continuo a amar o ténis, mas tudo o resto é exaustivo»

Por Rodrigo Caldeira - Agosto 21, 2025
Petra-Kvitova
Imagem WTA

Esta será, sem dúvida alguma, uma das grandes histórias do próximo US Open 2025. Depois de quase 20 anos a dar luta no circuito, Petra Kvitová está agora a limar os últimos detalhes antes de pendurar a raquete. A antiga número dois do mundo e bicampeã de Wimbledon prepara-se para se despedir da sua vida como tenista.

Já há alguns meses, a jogadora checa admitiu que a motivação já não era a mesma. Os seus resultados mais recentes confirmam-no. Nesta temporada, Petra venceu apenas um encontro, em Roma, torneio do qual teve de se retirar na ronda seguinte, somando sete derrotas.

Em conferência, a jogadora de 35 anos admitiu continuar a amar o ténis e que só lhe faltou ser número 1 do ranking mundial.

PERSONALIDADE CARACTERÍSTICA 

“Provavelmente foi a minha personalidade que me impediu de ganhar mais. Tinha talento. Talvez pudesse ter trabalhado um pouco mais, mas, por outro lado, acho que isso poderia ter acabado com o meu talento ou com a minha mentalidade”

OBJETIVO POR CUMPRIR

“Acho que poderia ter ganho mais. Mas, o que posso fazer? Joguei a final do Open da Austrália em 2019 e perdi contra a Naomi Osaka, que jogou incrivelmente bem no terceiro set. Há sempre algumas incógnitas quando se fala do número de Grand Slams. Ser número 1 do mundo é aquilo que me falta, provavelmente é o que mais gostaria de ter alcançado, mas se não aconteceu, não aconteceu. Não me daria uma vida melhor, nem me faria mais feliz.”

PRONTA PARA O ADEUS

“Estou pronta para deixar o ténis. Mentalmente, já não consigo mais, nem emocional nem fisicamente. Ainda te lembras de como jogavas antes, de como tudo corria bem e de como conseguias winners, e de repente já não é assim. Estou totalmente preparada para me retirar. Não me arrependo de nada. Continuo a amar o ténis, mas tudo o resto… esperar pelos treinos, esperar pelo carro, esperar por um jogo, é exaustivo. E com um filho, a vida é totalmente diferente. Só quero passar mais tempo com ele também.”

WIMBLEDON 2014

“Ganhar pela segunda vez é totalmente diferente de ganhar pela primeira. Quando sabes o que se sente da primeira vez, só queres ganhar. Não pensas em mais nada, só nisso. Só conheces aquela sensação de vitória. Provavelmente essa é a minha melhor memória.”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.