Zverev: «Não são muitos os jogadores que podem dizer que venceram 500 partidas»

Por Rodrigo Caldeira - Agosto 1, 2025

Gostem mais ou menos dele, caia melhor ou pior, não há dúvida de que Alexander Zverev (3º) está a caminho de assinar uma das carreiras mais impressionantes entre os tenistas da sua geração.

O alemão garantiu esta madrugada a passagem aos oitavos de final do Masters 1000 de Toronto 2025 após uma grande reviravolta frente a Matteo Arnaldi (41º), o que lhe permitiu alcançar um feito notável: 500 vitórias oficiais! É um número para encher o peito de orgulho, embora o natural de Hamburgo o tenha feito com alguma modéstia, já que na próxima ronda o espera Francisco Cerúndolo (24º), um dos seus maiores pesadelos. Estas foram as suas declarações após a sua última atuação no Canadá.

REVIRAVOLTA FRENTE A ARNALDI 

“Do meu ponto de vista, acho que comecei o encontro a jogar melhor do que ele a partir do fundo do court. Depois, à medida que o jogo foi avançando, é verdade que perdi um pouco o ritmo competitivo em alguns momentos da batalha. Confesso que não tive as melhores sensações com a minha backhand desde o início do encontro, senti-o um pouco apagado no começo, mas não é nada preocupante, isso acontece muitas vezes ao longo do ano. Assim que encontrei alguma estabilidade e confiança com essa pancada, foi quando tudo começou a mudar. Fico com esse lado positivo e saio satisfeito com o nível que demonstrei.”

AS SUAS 500 VITÓRIAS

“É evidente que se trata de uma grande conquista na minha carreira profissional. Não são muitos os jogadores que podem dizer que alcançaram este número de vitórias, por isso, para mim, é impressionante tê-lo conseguido. Oxalá consiga mais 500, espero que ainda venham muitas mais. No fim de contas, quando nos tornamos profissionais, o sonho é jogar no circuito e ter sucesso entre os melhores, ganhando o maior número possível de partidas. O facto de já ter 500 vitórias é algo que me enche de muita alegria e satisfação, estou extremamente feliz por isso.”

PRIMEIRO JOGADOR NASCIDO NOS ANOS 90 A ALCANÇAR ESTA MARCA 

“Sim, pode ser que eu tenha sido o primeiro a atingir este número, mas é preciso ser honesto e reconhecer que há muitos jogadores que vêm logo atrás e que também estão muito perto, como o Daniil Medvedev, o Stefanos Tsitsipas ou o Andrey Rublev.”

CERÚNDOLO NA PRÓXIMA RONDA

“Não sei se será diferente, espero que sim. Para começar, a superfície já é diferente, visto que aqui estamos na digressão de piso rápido. A verdade é que ele já me venceu em três ocasiões, ainda estou a tentar perceber como ganhar-lhe um encontro, por isso terei de entrar em court com muita confiança, lembrando-me de que, se sou o Nº3 do mundo, é por alguma razão. Precisarei da minha melhor versão, sem dúvida, por isso é importante encarar este desafio com confiança, acreditando que serei capaz de dar o meu melhor.”

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.