João Fonseca e a estreia a vencer em Roland Garros: «Sonho tornado realidade»

Por José Morgado - Maio 27, 2025
Fonseca

PARIS. FRANÇA. João Fonseca passou esta terça-feira pela sala de conferências de imprensa depois da sua impressionante exibição na primeira ronda de Roland Garros diante de Hubert Hurkacz. Muito maduro no discurso, como sempre, o carioca de 18 anos falou num sonho tornado realidade.

UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL

É sempre bom jogar em frente ao público brasileiro. Foi muito bom. Desfrutei de cada momento, foi a minha primeira vez a jogar aqui o quadro principal e divertir-me muito. Vencer e passar à segunda ronda é um sonho tornado realidade.

ROLAND GARROS ESPECIAL PARA O BRASIL

Tivemos Guga. Uma lenda do ténis e do Brasil, pelo seu ténis e carisma. Ele tocava as pessoas pela maneira como falava. É uma honra estar aqui em frente a toda esta gente. Sabia que ia haver muitos brasileiros aqui pois muitos vivem cá e outros vêm. É assim desde o Guga, há muita tradição. As filas estavam enormes, imensa gente a ver das varandas do Chatrier. Isso lembrou-me de quando perdi nos juniores com o Debru, naquele mesmo court.

EXPECTATIVAS 

As expectativas virão, as pessoas vão falar. Preciso fazer o meu melhor para melhorar, me manter saudável e estar cercado de pessoas boas. Estou a aprender e a ganhar experiência.

PRINCIPAIS ARMAS E FRAQUEZAS

Diria que as minhas principais armas são a direita e a mentalidade. Aquilo que tenho de trabalhar mais? Tudo, mas talvez o serviço, esquerda, a defesa e o jogo de rede.

SUPERFÍCIE FAVORITA

Neste momento é a terra batida, foi onde cresci a jogar. Mas espero que um dia seja a relva. Adoro a relva.

O QUE LHE DISSE HURKACZ À REDE

Ele é uma excelente pessoa. Ele disse-me à rede que eu estava de parabéns pelas coisas que tenho feito e pediu-me desculpa pelo facto de ter sido demasiado rápido entre serviços no final do encontro.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com