Fonseca admite nervos na derrota mas sai de cabeça erguida: «O céu é o limite»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 16, 2025

João Fonseca viu a sua série de 14 vitórias chegar ao fim, algo que ditou também o adeus a uma campanha histórica no Australian Open 2025. O prodígio brasileiro caiu numa batalha de cinco sets diante de Lorenzo Sonego e admitiu que havia nervos extra depois de ter derrotado Andrey Rublev na primeira eliminatória do quadro principal.

“Não joguei ao meu melhor nível. Estava muito nervoso no segundo e terceiro set. Lutei até ao fim. Não é o resultado que queria, mas foram dois bons encontros, um grande início de ano. Agora há que trabalhar mais duro para estar preparado para estes encontros. A experiência ajudou o Lorenzo. Vou trabalhar para melhorar no resto da época. As expectativas aumentaram depois de ganhar ao Rublev, as pessoas falavam sobre mim. As minhas expectativas também cresceram. Estava mais nervoso do que no encontro contra o Rublev, até porque já tinha ganho ao Sonego antes. Não vou mentir, estava nervoso”, admitiu.

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No entanto, Fonseca sai de cabeça erguida. “Jogar no circuito é o meu sonho, o circuito real onde joga o top 50. Os Masters 1000, ATP 500, ATP 250. Quero jogá-los. Tenho vontade de entrar no top 100, jogar os grandes torneios, conquistar o meu lugar no circuito e continuar a trabalhar para melhorar. O céu é o limite. É preciso trabalhar muito para alcançar os sonhos e o meu é ser número um do Mundo”, garantiu.

O carioca traçou ainda a diferença que sentiu no Australian Open. “Quando jogas a cinco sets, a experiência é diferente. Sabem melhor quando aumentar a intensidade, que vai haver altos e baixos ao longo do encontro. Ganhei bem o primeiro set, depois os seguintes foram fáceis para ele, não joguei ao meu melhor nível. Preciso de ter mais experiência nestas situações, tenho de trabalhar mais para me manter concentrado todo o encontro. É a grande diferença nos Grand Slams”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt