Árbitro Carlos Bernardes reflete sobre carreira de 40 anos: «Não parece a vida real»

Por Bruno da Silva - Setembro 2, 2024
carlos bernardes us open
Alyse DiGaetano/USTA

O árbitro brasileiro Carlos Bernardes vai encerrar nesta temporada uma marcante carreira de 40 anos. O US Open será o seu último Grand Slam da carreira e lembrou a sua trajetória em entrevista ao site do torneio norte-americano.

O seu primeiro contato com o ténis foi… a saltar a cerca de um clube. “Quando tinha 13 anos, eu e os meus amigos pulávamos a cerca de um clube para jogar nos fins de semana. Tínhamos algumas raquetes e costumávamos jogar na rua, mas então eu encontrei esse lugar. Um dia, o chefe do clube estava lá à nossa espera. Ele olhou para nós e disse: “Por que vocês não vêm jogar com pessoas normais? Venham e inscrevam-se“, lembra.

O primeiro contacto com a arbitragem foi em 1984. Pouco após a morte de seu pai, Bernardes tornou-se técnico, ainda adolescente, no São Caetano Sports Club, em São Paulo. O Clube Pinheiros acabou por receber um confronto da antiga Fed Cup (atual Billie Jean King Cup) e, na necessidade de juízes de linha, voluntariou-se.

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E não parou mais. Até ao início dos anos 1990, ele continuava a ser treinador, mas alternava com o trabalho de juiz em torneios da América do Sul e também com a faculdade de Engenharia Mecânica, até que em 1992 se tornou um árbitro full-time.

Durante a gloriosa carreira, foi o umpire de duas finais de singulares do US Open, uma de Wimbedon, outra das ATP Finals e de cinco Jogos Olímpicos. Além disso, é figura comum nas arquibancadas dos torneios para assistir, como um grande fã do desporto.

Neste ano, recebeu várias homenagens, como no ATP 500 de Barcelona — um lugar onde trabalhou mais de 30 vezes e que foi marcante pelo seu regresso em 2021, após sofrer um ataque cardíaco meses antes — e no ATP 250 do Estoril.

Eu não vim de uma família rica e, depois de todo esse tempo, eu percebi que visitei mais de 100 países, conheci pessoas simples e até presidentes, não parece a vida real“, admite. “É muito bom quando jogadores, diretores de torneios, o público, vêm falar com você. Eu realmente agradeço ao amor de todos“, rematou.

Iniciei minha carreira no Jornalismo em 2013, ainda como estudante, como redator no portal VAVEL Brasil. Completei minha graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2017. No ano seguinte, assumi a posição de editor-chefe da VAVEL. Desde 2019, sou repórter do jornal O Município, em Brusque, segundo maior portal de notícias em audiência no estado. Trabalho principalmente na cobertura de política, mas também em geral, esportes, entre outras editorias. Em pouco mais de três anos atuando no jornal O Município, fui reconhecido por três prêmios de jornalismo estaduais. Em 2022, conquistei o prêmio Sebrae e o Fiesc, que é considerado o mais importante do estado de Santa Catarina. Em 2021, venci o primeiro lugar regional e o segundo estadual no prêmio Fapesc de Jornalismo em CTI – Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde o início de 2023, assumi como editor da versão brasileira do portal Bola Amarela, referência na cobertura de tênis em Portugal e no Brasil.