Brasileiro retorna ao Miami Open e prepara raquetes de Bia Haddad, Halep, Monfils e outras estrelas

Por Marcela Linhares - Março 20, 2024
Marcelo Ferreira Simona Halep
Divulgação

Marcelo Ferreira, mineiro natural de Uberaba, está presente no Miami Open pelo terceiro ano seguido e é o único brasileiro na equipe dos encordoadores do torneio. O evento é conhecido por ser um dos mais importantes do calendário de tênis e conta com premiação total de mais de US$ 18 milhões.

O brasileiro está na equipe da Tecnifibre e é o único do país a encordoar e customizar a raquete dos tenistas durante a competição norte-americana que iniciou na terça-feira (19) pela WTA e tem início da chave masculina a partir desta quarta-feira (20). Marcelo, de 38 anos, trabalha é encordoador profissional ERSA Pro Tour Stringer Nível 2, sendo o único que possui este certificado ativo no Brasil e, no mundo, apenas 76 possuem o mesmo certificado.

Ferreira já encordoou antes e vem trabalhando com as raquetes de Bia Haddad Maia, brasileira mais bem colocada no ranking feminino, e que vai fazer sua estreia na quinta-feira contra Diane Parry. Além da raquete da paulistana, o mineiro também conta com nomes de destaque no currículo como Gael Monfils, que já foi top 10, e a ex-número 1 Simona Halep.

Marcelo Ferreira

Divulgação

“Ano passado nossa equipe fez um total de 2835 raquetes no torneio. Cada um de nós em média encordoamos 200 raquetes nas duas semanas de evento, ano passado fui responsável pelas raquetes do campeão masculino, Daniil Medvedev, este ano além de vários nomes encordoei e customizei as raquetes da Halep que está retornando aos torneios. Customizar é trabalhar em cima do peso estático , peso dinâmico e balanço das raquetes. Aqui o trabalho não para, os jogos começam às 11h e vão até de noite, mas recebemos com horas antes da rodada começar e ficamos com raquetes para o dia seguinte seja para treinos, seja para jogos dos atletas”, comentou Ferreira.

Além do Miami Open, Marcelo já teve passagens como encordoador no Australian Open em 2018, Masters 1000 de Madrid em 2019 além do ATP 500 de Washington e é o Gerente da América do Sul da ERSA – Associação Europeia de Encordoadores de raquetes de tênis.

Me formei em jornalismo em 2019 pela FACHA - faculdade localizada no Rio de Janeiro. Depois de cursos sem sucesso, me descobri no jornalismo e escolhi estudar com objetivo de seguir o tênis. Estagiei na CNN durante a Olimpíada no Rio, escrevi sobre o esporte em sites colaborativos e não me vejo fazendo outra coisa. Em 2020 fiz pós graduação em jornalismo esportivo e sigo na área desde então passando por colaborações na VAVEL, UOL, Revista Tênis e hoje no Bola Amarela.