Djokovic sentiu-se na final de um Grand Slam e aponta reencontro com Alcaraz no US Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 21, 2023
Djokovic

Novak Djokovic levou a melhor diante de Carlos Alcaraz numa batalha fantástica para conquistar o Masters 1000 de Cincinnati. O número dois do ranking ATP derrubou o líder da hierarquia mundial masculina e mostrou-se radiante após o encontro. Por um lado, considerou que foi um dos mais espetaculares da sua carreira, enquanto por outro confessou que se sentiu num Grand Slam e lançou o desafio a Alcaraz… para o US Open.

PRIMEIRA REAÇÃO

Não sei o que posso dizer. É difícil descrever. Foi um dos encontros mais duros da minha vida, não importa o torneio, a categoria, o jogador. Isto foi inacreditável do início ao fim. Passámos por tanto, tantos altos e baixos, pontos incríveis, maus jogos, golpes de calor. Foi um dos encontros mais duros e mais entusiasmantes que já joguei. São estes os momentos e encontros pelos quais trabalho dia após dia. Nunca duvidei que podia conseguir mostrar o meu melhor nível quando era preciso. Estou radiante.

RIVALIDADE COM ALCARAZ

Não há muito a dizer. Quem já viu isto sabe que esta rivalidade está só a ficar melhor. É um jogador incrível, imenso respeito por ele. É incrível mostrar tanta maturidade nos momentos importantes.

RESPEITO POR ALCARAZ

Há tanto a dizer e tão pouca energia. Quero devolver o respeito ao Carlos e à sua equipa. Acho que todos ficamos sem elogios para o que estás a fazer dentro e fora do court. És uma pessoa incrível e um campeão. Parabéns pela tua carreira incrível até agora. Há muitos jogadores que não chegam a esse nível a vida toda e tu já fizeste isto tudo nos últimos dois ou três anos. Boa sorte a ti e à tua equipa este ano.

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REENCONTRO… NO US OPEN?

Também quero agradecer à minha equipa por ir aos altos e baixos comigo uma e outra vez. Não sei como é que vocês me aturam às vezes mas obrigado por ficarem aí nos momentos difíceis da minha carreira e também hoje. Foi uma montanha russa, um dos encontros mais duros e entusiasmantes de que já fiz parte em qualquer torneio. Parecia uma final de Grand Slam. Cada encontro que jogamos entre nós vai até ao fim. Espero que daqui a umas semanas possamos jogar outra vez em Nova Iorque. Bem, pelo público! Não sei em relação a mim.

MENSAGEM AO IRMÃO

Fiquei emotivo quando falaste com o teu irmão porque hoje é o aniversário do meu irmão. Quero dar os parabéns ao meu irmão. Tenho saudades dele, de toda a família. Às vezes tomamos como garantido todas estas viagens que temos longe de casa, às vezes são uns meses. Há coisas mais duras na vida e pessoas que experienciam coisas mais difíceis, mas quero só dar um grande abraço a todas as pessoas perto de mim.

AGRADECIMENTO AOS FÃS

Por último, para vocês, os fãs. Apoio incrível, energia incrível. Hoje e toda a semana. Vocês são uma das razões pelas quais anda estou a jogar. São 20 anos de carreira profissional e são estes os momentos pelos quais ainda dou o máximo para estar à frente de vocês.

 

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt