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Djokovic deixa aviso à concorrência: «Não quero parar e não tenho intenção de o fazer»
Aos 35 anos, Novak Djokovic conquistou o seu décimo Australian Open, elevando para 22 o número de títulos do Grand Slam na sua carreira. O sérvio está de volta ao primeiro lugar do ranking mundial e garante que não quer parar por aqui, afirmando que se sente com capacidade para continuar a sonhar com os troféus mais importantes.
MAIS UM GRAND SLAM
Sinto grande orgulho e satisfação. Quando fui à minha box colapsei emocionalmente, especialmente quando abracei a minha mãe e o meu irmão. A lesão e outras coisas que aconteceram podiam tirar-me a concentração, então afastei-me de tudo isso. Foi preciso uma enorme energia mental para me manter presente e concentrado. Se voltar atrás no tempo, há duas semanas e meia não achava que tinha grandes hipóteses de ganhar o título pela forma como me sentia com a minha perna. Tinha de sobreviver a cada encontro. O bom dos Grand Slams é que temos um dia de descanso e isso permitiu que eu recuperasse e fizesse todos os tratamentos que era preciso.
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DE VOLTA À AUSTRÁLIA
Tinha muita vontade de voltar à Austrália, gosto muito de estar aqui. Tendo em conta os meus registos, sabia que tinha hipóteses. Acabei a temporada passada da melhor maneira possível e fiz uma grande preparação. Depois do que aconteceu no ano passado, estava mais nervoso pela forma como ia ser recebido, mas no geral foi uma experiência positiva. Mas aconteceram coisas, houve a situação com o meu pai, que não foi fácil gerir.
EMPATE COM NADAL
Claro que estou motivado para ganhar tantos Grand Slams quanto possível. Nesta fase da minha carreira, estes troféus são o fator de máxima motivação pela qual compito. Não gosto de me comparar com os outros, mas é um privilégio fazer parte da discussão para ser o melhor da história. Fico lisonjeado por haver quem me veja assim. Veremos até onde posso chegar. Não quero parar, não tenho intenção de o fazer. Sinto-me incrível com o meu ténis e sei que quando me sinto bem tenho hipóteses de derrotar qualquer um. Não sei quantos anos ou Grand Slams vou jogar mais. Depende de várias coisas, não só do meu corpo. Tenho de ter clareza mental e aspirações para perseguir estes troféus. Sinto que ainda tenho tempo.