Barty mantém-se humilde: «Ainda não sinto que pertenço ao grupo das grandes campeãs»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 29, 2022

Ashleigh Barty viveu aquele que pode muito bem ser o dia mais especial da sua vida até agora, ao quebrar um jejum caseiro de 44 anos para se sagrar campeã do Australian Open. A número um do mundo brilhou durante as duas semanas e não cedeu um único set para fazer história, juntando-se inclusivamente a um grupo muito restrito de campeãs do Grand Slam nas três superfícies. Barty foi a sétima mulher a fazê-lo, mas a própria confessa que ainda não sente que faça parte de uma lista que conta com Serena Williams, Steffi Graf, Martina Navratilova, Chris Evert, Maria Sharapova e Hanna Mandlikova.

“Há muito trabalho por fazer. Sinto-me honrada por estar num grupo tão seleto. Mas, sendo sincera, ainda não sinto que pertenço ao grupo das grandes campeãs. Ainda estou a aprender e a tentar definir o meu talento, conhecendo-me dia a dia. É incrível poder ser consistente nas três superfícies. É um dos grandes desafios a que nos propusemos quando era uma jovem: ser completa e jogar bem em todos os couros. Ter um Grand Slam em cada superfície é magnífico. Jamais pensei que podia acontecer na minha carreira”, disparou.

Questionada sobre o que lhe passou pela cabeça quando o encontro terminou, Barty ainda nem sabe explicar. “Foi surreal. Nem sabia como me havia de sentir. Deixei escapar um pouco as minhas emoções, algo que não é nada comum em mim. Celebrei com todos os que estavam ali, nas bancadas. A energia e o ambiente foram estratosféricos. É realmente especial viver tudo isto depois do quanto trabalhámos longe dos holofotes durante anos e anos. Soltei tudo e foi um momento muito especial”, confessou.

No entanto, Barty nunca deixa de ser humilde e, na mesma linha do que afirmou em relação às campeãs, tem calma quanto a ser uma heroína na Austrália. “Sinto que ainda sou só uma pequena parte da história do ténis australiano. Ainda estou a perceber o que é que estou a fazer, mas ser uma pequena parte de uma história tão incrível é algo brutal”, rematou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt