This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Voo trocado ‘salvador’ e as camisolas de Mischa Zverev: a incrível epopeia de Karatsev na Austrália
Quando a época começou, arriscamos dizer que ninguém dava nada por Aslan Karatsev. Não passava de um jogador de 27 anos, fora do top 100, que ainda não se tinha conseguido afirmar. Mas o russo passou o qualifying no Australian Open, chegou às meias-finais e agora é 27.º ATP. Ora, a questão é que Karatsev passou por uma autêntica epopeia em Melbourne e tudo podia ter caído por terra, uma vez que era suposto ter ficado… em isolamento total.
“Acabei por ir num voo seguro. Devia ter estado num dos voos afetados pela Covid-19, mas alguém cometeu um erro. Vários jogadores foram postos num voo das 5 da manhã, que foi exatamente o que não foi afetada pela Covid-19. Tudo começou para mim a partir dali”, revela o russo que, assim, evitou a impossibilidade de treinar durante 14 dias, como aconteceu com Frederico Silva, por exemplo.
Como se não bastasse, à chegada a Melbourne, ainda teve uma outra ‘prenda’. É que Karatsev não tinha patrocínio de equipamento e usava as mesmas camisolas da Adidas há cinco anos. A questão é que Mischa Zverev reparou nisso e ofereceu-lhe algumas das suas, que o russo acabou por usar no Australian Open. “Se calhar o Mischa tinha camisolas a mais!”, explicou, ele que recebeu muitas ofertas de patrocínio, mas que ainda está à espera para assinar: “As ofertas serão melhores e ele vai valer mais se acabar o ano como top 10 ou top 20”, comenta o agente Pierre Christen.
Certo é que têm de ir beliscar Karatsev porque nem ele acredita no que está a viver. “Se há um tempo me dissessem que ia estar assim não tinha acreditado. Iria pensar que estavam a gozar comigo. Nunca sabes quando vai chegar o êxito, mas acreditei sempre que ia chegar para mim. Yahor, o meu treinador, sempre disse que para ser forte mentalmente e trabalhar o meu corpo, dizendo que tinha nível mais alto do que Challengers. Mas este sucesso não era esperado. Tivemos 10 anos a trabalhar com muitos altos e baixos”, explicou.
- Categorias:
- ATP World Tour