Australian Open 2021: as previsões do Bola Amarela

Por Bola Amarela - Fevereiro 7, 2021

É véspera de Grand Slam e, por isso mesmo, dia de previsões no Bola Amarela. Quem achamos que vão ser os campões, as surpresas, as maiores desilusões? Deixámos aqui as nossas opiniões e está na hora de nos dar a sua…

MASCULINO

Campeão

José Morgado – Novak Djok0vic: Bem sei que é a aposta básica de quem não quer arriscar, mas não creio que seja boa ideia dar qualquer outro nome que não o do homem que tem dominado completamente este torneio. As memórias de Nova Iorque e Paris ainda estão presentes, mas servem de motivação adicional.

Nuno Chaves – Novak Djokovic: É o grande favorito a vencer em Melbourne sempre que se apresentar em boa forma física (e parece ser novamente o caso). Tem oito títulos no Australian Open e, como sabemos, tem como claro objetivo encurtar a distância para Nadal e Federer na luta pelos Grand Slams. Motivação não lhe falta.

Pedro Pinto – Daniil Medvedev: A viver um grande momento de forma, este pode ser ‘o’ torneio do russo. Não tem um quadro nada dramático e cruza com o amigo Andrey Rublev, com quem só perdeu quando era uma criança nos ‘quartos’. A oportunidade está lá.

Primeiro top 10 a cair

José Morgado – Diego Schwartzman: Muito complicado apontar um — até porque parecem todos em forma — mas, de todos, El Peque é aquele que tem melhor quadro…

Nuno Chaves – Matteo Berrettini: Como já foi referido, é muito difícil escolher um tenista do top 10 a cair. Berrettini, é certo, apresentou-se em muito boa forma na ATP Cup, no entanto, defronta Kevin Anderson na primeira ronda e, apesar do sul-africano estar longe do nível de outros tempos, tem a experiência do seu lado… e um potente serviço como principal arma. Berrettini é favorito mas acredito que Anderson pode ter uma palavra a dizer.

Pedro Pinto – Diego Schwartzman: Difícil escolher um, mas a fava sai ao argentino, embora não acredite que haja jogadores do top 10 a serem eliminados antes da terceira ronda. Paire pode surpreender, mas há Shapovalov, Sinner e Auger-Aliassime na rota.

‘Dark horse’

José Morgado – Jannik Sinner: Correndo o risco de que ele chegue muito desgastado após uma grande semana de preparação e seja eliminado na primeira ronda por Denis Shapovalov, não me admiraria nada que chegasse aos quartos-de-final pelo segundo Grand Slam seguido.

Nuno Chaves – Alexander De Minaur: Tem um quadro que lhe permite sonhar em chegar à segunda semana. Apesar das duas derrotas na ATP Cup, joga em casa e tem uma garra que contagia qualquer um.

Pedro Pinto – Alexander Bublik: Extremamente talentoso, começou a época com uma final e está em linha de duelo com Dusan Lajovic e Gael Monfils. Chegar aos ‘oitavos’ e depois sonhar não é de todo descabido.

FEMININO

Campeã

José Morgado – Serena Williams: Está na melhor forma física desde que foi mãe e fiquei particularmente impressionado com o quão bem jogou na semana passada. Pode ser a sua última chance de igualar Margaret Court.

Nuno Chaves – Ash Barty: Apostar na vertente feminina é sempre uma autêntica lotaria, no entanto, a número um mundial após um ano ausente mostrou-se numa forma bastante assinalável. O título em Melbourne só veio aumentar a sua motivação. Pode ser feliz a jogar em casa.

Pedro Pinto – Garbine Muguruza: A maneira autoritária como está a despachar todas as adversárias que lhe aparecem à frente é incrível. Está embrulhada numa secção fortíssima, mas grandes vitórias bem cedo vão elevar ainda mais a confiança.

Primeira top 10 a cair

José Morgado – Elina Svitolina: Não que me tenha parecido em má forma nesta semana pré-Australian Open mas o seu quadro é, de longe, o mais difícil de todos.

Nuno Chaves – Karolina Pliskova: Não me pareceu particularmente em forma na preparação para o Australian Open. Perdeu com Collins esta semana e as duas podem voltar a defrontar-se… na segunda ronda.

Pedro Pinto – Elina Svitolina: Marie Bouzkova é um obstáculo traiçoeiro para abrir a participação e na segunda ronda pode estar Cori Gauff pelo caminho. Será que a ucraniana tem força para evitar a surpresa duas vezes seguidas?

‘Dark horse’

José Morgado – Jennifer Brady: A semifinalista do US Open 2020 tem um quadro muito interessante, parece em excelente forma e é particularmente perigosa em courts muito rápidos, como estes de Melbourne Park.

Nuno Chaves – Maria Sakkari: Parece-me cada vez em melhor forma. Teve uma boa preparação para o Australian Open e tem um quadro que apesar de complicado lhe permite abordar com confiança em chegar longe.

Pedro Pinto – Karolina Muchova: Já chegou aos ‘quartos’ em Wimbledon, mas certamente quer mais. Ostapenko é difícil para arrancar o torneio, mas vai dar-lhe logo confiança e ritmo para crescer na competição. Até pode ameaçar Ash Barty.