Coria e a memorável final de 2004: «Não tive a humildade e ‘bolas’ para reconhecer que tinha medo»

Por José Morgado - Junho 7, 2020
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Guillermo Coria, antigo top 5 mundial, deixou escapar em 2004 uma oportunidade de ouro de vencer o torneio de Roland Garros, numa época em que era porventura o grande favorito ao título. O tenista argentino viria a perder de forma surpreendente depois de ter vencido os dois primeiros sets de maneira tranquila diante do seu compatriota Gaston Gaudio. Dezasseis anos depois, Coria assume que não esteve preparado mentalmente para agarrar essa oportunidade.

“Não dou desculpas. Perdi, perdi. Houve muitas coisas que não soube gerir nessa final. Não tive a humildade e as ‘bolas’ para reconhecer que tinha medo. Um tenista profissional tem muitas vezes medo… de ter medo”, confessou numa entrevista à ‘ESPN’.

Coria reflete sobre as principais diferenças para o ténis de hoje em dia. “Hoje todos têm um nível técnico e atlético muito aproximado, na minha opinião. E mais do que nunca aquilo que faz a diferença é o controlo das emoções. Todos os que não são Federer, Nadal ou Djokovic podem ganhar e perder contra todos os outros num dia normal”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com