Hewitt: «Eles motivaram-me a jogar durante mais tempo e a aproveitar mais»

Por admin - Janeiro 21, 2016

Lleyton Hewitt abandonou a Rod Laver Arena na companhia de Mia, Cruz e Ava, os seus três filhos, de dez, sete e três anos, e foi com eles bem juntos a si que chegou à sala de imprensa para dar a sua última conferência enquanto jogador profissional.

“Tentas assimilar e guardar o máximo possível do que está a acontecer pela última vez. O ambiente esteve incrível. O barulho do público foi o mais alto que já ouvi. Fiquei arrepiado”.

“Adorei cada oportunidade que tive de jogar pela Austrália, vestir o verde e o dourado. Não só na Taça Davis. Tenho orgulho de ser australiano o ano inteiro e de poder representar o nosso grande país. Recebi amor e apoio durante toda a minha carreira, mas os últimos anos foram inacreditáveis”.

“Puxei o meu corpo até ao limite. Estou entusiasmado com a próxima fase em termos de trabalho, por ajudar os novos jogadores, como o Nick [Kyrgios]. Tive muita sorte por ter tido uma grande carreira e poder deixar o circuito quando queria. Muitos jogadores não tiveram essa oportunidade”.

“Foi especialmente difícil quando cheguei aos balneários. Estar com os meus amigos e equipa técnica, que me ajudaram tanto. É uma sensação estranha, porque fico dececionado por não avançar no torneio mas tenho também muito orgulho no que fiz”.

“A meia-final da Taça Davis e também a final contra a Espanha [2003], em que venci o [Juan Carlos[ Ferrero em cinco sets no primeiro dia [da eliminatória]. Algumas da minhas melhores memórias são em equipa, com o Mark Mark Philippoussis. Foram momentos especiais. Mas, claro, também os dois Grand Slams”.

“Sim, possivelmente [ajudei a mudar o ténis]. Acho que ajudei os jogadores que jogavam no fundo do court a acreditar que poderiam vencer daquela forma, especialmente por conseguir fazer isso em todos as superfícies. Antes de mim, com exceção de Agassi em Wimbledon 92, talvez não tenha sido feito.

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No adeus ao público australiano, após a derrota ante David Ferrer

“Quando vejo os vídeos em que estou a jogar com o [Sergi] Bruguera [em 1997] parece que passaram cem anos [desde que jogou pela primeira vez no Grand Slam local]. Tinha quinze anos e usava roupas folgadas, parecia que tinha dez anos”.

“Acho que é uma piada. Nem pensar. Sei que meu nome está incluído na lista [relativo ao escândalo das viciação de resultados]. Acho que ninguém pensa que estou envolvido em corrupção ou que alguma vez combinei resultados, É simplesmente absurdo. Para quem quiser levar isso adiante, boa sorte. Lançar o meu nome no meio de tudo isto é uma farsa absoluta”.

“É a maior benção da vida. É fantástico ser pai e vê-los crescer. Os últimos 10 anos foram ainda mais especiais por ter a Bec [sua mulher] e as crianças comigo. Poderem estar em alguns torneios comigo e lembrar-se disso por muito tempo. Eu e o Cruz [filho do meio] a beter bolas com o Federer, Nadal, Murray, todos eles. É muito bom. Eles motivaram-me a jogar durante mais tempo e a aproveitar mais, para eles poderem também tirar algum proveito disso”.