Novo formato “desvaloriza a Davis” e “acaba com sentimento de patriotismo”, diz capitão russo

Por Susana Costa - Novembro 23, 2019
tarpischev

MADRID, Espanha – Shamil Tarpischev, capitão da seleção russa e também presidente da Federação de ténis daquele país, mostrou ser um homem de muitas palavras, mas de pouco dado a rodeios, durante a conferência de imprensa que se seguiu à vitória sobre a Sérvia e a consequente passagem às meias-finas da Davis Cup Finals.

O antigo jogador russo de 71 anos, que chegou à 95.ª presença em eliminatórias da Taça Davis, revelou não ter nada contra o novo formato da competição por seleções, até “porque conseguimos ter muitas estrelas juntas”, mas não escondeu que a sua preferência vai para o antigo modelo. “Promove o sentimento de patriotismo e o espírito de equipa, e isso ajudou a que o ténis se desenvolvesse nos países mais pequenos. E isso terminou com este novo formato”, apontou.

Apesar de ser “um fenómeno internacional fantástico”, frisou o capitão russo, “receio que tenhamos muitas competições. Vamos ter a ATP Cup, teremos, provavelmente, a mudança da Fed Cup para este novo formato e temos a Laver Cup. Temo que seja uma confusão e que haja uma certa desvalorização [da Taça Davis]”, concluiu.

 

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.