Federer hepta em Cincinnati

Sem hipótese! Pela segunda vez na temporada o número um mundial Novak Djokovic podia fazer (ainda mais) história e, pela também segunda vez, havia um suíço do outro lado da rede em estado de graça. Ainda não foi desta que o sérvio completou o Career Masters 1000, pois teve pela frente um Roger Federer irrepreensível, principalmente no capítulo do serviço, que eleva, assim, o seu sétimo troféu de campeão do Western & Southern Open, disputado em Cincinnati, Ohio, e que distribui quase quatro milhões de dólares em prémios monetários.

Apesar de só ter conquistado a primeira partida no tie-break, Federer esteve quase sempre por cima desde o início do encontro. O suíço dispôs de quatro break-points nesse parcial, não tendo convertido nenhum, enquanto que ia impedindo Djokovic de sequer pensar em quebrá-lo. O sérvio aguentou até ao 6-6, mas aí o recordista de vitórias em torneios do Grand Slam deu ainda menos hipóteses com um concludente 7-1 para fechar o set.

Esperava-se uma forte reação por parte do número um mundial no início do segundo parcial, mas, e apesar de Federer continuar a jogar a um nível simplesmente demasiado alto, a mesma poderá ser apelidada de desapontante: Nole sofreu o único break do encontro logo ao seu primeiro jogo de serviço, com duas duplas-faltas, tendo ganho apenas cinco (em 14) pontos com a segunda bola em todo o set. O sérvio ainda se salvou da dupla quebra por duas vezes, a 4-1, e ganhou três pontos no serviço de Federer no jogo seguinte pela primeira vez no encontro, mas isso não foi suficiente para impedir a vitória do mais velho dos dois tenistas, que ao cabo de mais uma hora e meia dos seus 34 anos elevou o 87º troféu de campeão.

O tenista que mais vezes passou na liderança do ranking (e também como vice-líder), tornou-se ainda, e curiosamente, no primeiro a derrotar os número 1 e 2 mundiais na mesma competição. Federer regressa amanhã ao top2, o que significa que só poderá encontrar Djokovic na mesma fase da competição em Flushing Meadows.

Quanto a este último, apesar de já ter defendido todos os pontos de 2014 das US Open Series (incluindo o US Open), continua a não conseguir triunfar no terceiro e último evento da segunda categoria mais elevada do circuito que se realiza nos Estados Unidos. O sérvio, de 28 anos, tem sido, indubitavelmente, o melhor tenista da década, mas a terra batida de Paris e o piso rápido de Cincinnati continuam a “insistir” em escapar-lhe.