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Del Potro: «Todo o meu corpo está cansado, mas gosto deste tipo de dor»
O regresso à competição de Juan Martin Del Potro, quase um ano depois de ter sido obrigado a largar os courts devido aos recorrentes problemas no pulso esquerdo, que culminaram em três cirurgias, vai de vento em popa. Com um triunfo em duas partidas, o argentino qualificou-se para as primeiras meias-finais desde janeiro de 2014 (Sydney).
Em Delray Beach, na Flórida, o jogador de 27 anos tem visto, na última semana, o seu ténis fluir de uma forma que não terá ousado sequer sonhar. “Estou surpreendido com o bom ténis que tenho jogado diante de jogadores do top 30”, disse Del Potro, admitindo que, para isso, foi obrigado a usar mais a sua esquerda do que seria desejado.
“Não posso estar constantemente a cortar a bola, por isso tenho jogado mais com a minha esquerda a duas mãos, mais do que devia fazer”. Uma pancada que não está, naturalmente, a cem por cento, mas está “a trabalhar para melhorar”. Com os resultados a superarem as suas expetativas, o corpo do jogador de Tandil foi obrigado a um nível de esforço de que não estaria à espera.
“Todo o meu corpo está cansado, mas gosto deste tipo de dor. Nnão é nada perigoso e sei que a longo prazo vou estar melhor. É difícil de assimilar que estou nas meias-finais depois de 11 meses. Estou a recuperar o meu jogo”, acrescentou.
Sobre o ritmo competitivo que é necessário para competir e desafiar os melhores, Del Potro sabe que precisa de ser cauteloso. “Tenho de manter a calma e ser paciente, porque voltar a estar a 100 por cento é um objetivo a longo prazo”.
“Vou encarar encontro a encontro, não estou a pensar no próximo torneio ou no ranking que vou ocupar na próxima semana. Estou a fazer o que posso, mas a trabalhar para voltar ao meu melhor nível. É difícil estar parado um ano, por isso estou a fazer o meu melhor e penso que está a correr bem”, concluiu o antigo número quatro do mundo.
Del Potro luta esta madrugada por um lugar na final do torneio de Delray Beach, EUA, com o local Sam Querrey.
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