This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Viciação de resultados: Djokovic admite ter sido aliciado
A notícia avançada pela BBC e pelo BuzzFeed que dá conta da adulteração de resultados em encontros de alto nível no ténis, que alegadamente envolvem embates disputados em Wimbledon e cujas suspeitas recaem, inclusive, sobre oito jogadores que se encontram a participar no Open da Austrália, chegou com grande alarido ao primeiro grande evento do ano.
E se a notícia vai correndo o mundo à boleia dos meios de comunicação, em Melbourne Park o assunto vai sendo debatido um pouco pelos quatro cantos do complexo, sala de imprensa incluída. Novak Djokovic foi dos primeiros jogadores a por lá passar e os jornalistas fizeram o que seria esperado.
“Ouvi falar da história e li que havia alguns jogadores que já não estão em atividade envolvido, e que eram encontros que aconteceram há quase 10 anos”, começou por dizer o sérvio, depois de ultrapassar sem dificuldades a primeira ronda.
“Não há espaço para fixação de resultamos ou corrupção no nosso desporto. Tentamos mantê-lo o mais limpo possível. Temos evoluído os programas de controlo e temos autoridades competentes para lidar com esses casos particulares”.
“Não acho que o nosso desporto fique manchado. As pessoas estão a falar sobre nomes, a tentar adivinhar quem são os jogadores, os nomes das pessoas. Mas não há provas reais de que estejam envolvidos nesta matéria jogadores no ativo. Por enquanto, é apenas especulação. Devemos continuar a encará-lo como tal”, advertiu o jogador dos Balcãs.
Fui abordado através de pessoas que trabalhavam para mim na altura, que estavam na minha equipa na altura
Djokovic a querer encerrar o assunto, mas os jornalistas não estavam propriamente para aí virados, até porque o sérvio sentiu na pele as consequências desse lado obscuro da modalidade que agora domina e que faz por honrar.
“Não fui abordado diretamente. Fui abordado através de pessoas que trabalhavam para mim na altura, que estavam na minha equipa. Claro que o descartámos imediatamente. A pessoa que estava a tentar falar comigo não conseguiu. Ele não conseguiu chegar até mim diretamente”, explicou Djokovic, que foi aliciado a perder na primeiro ronda do torneio de São Petersburgo a troco de 200 mil dólares (cerca de 183 mil euros), em 2007.
Um episódio que quer manter bem lá trás, num passado distante. “Faz-me sentir muito mal, porque não quero estar ligado a este tipo de episódios. Para mim, trata-se de um acto de anti-desportivismo, um crime. Não há lugar para isso no desporto, especialmente no ténis”, continuou o jogador de 28 anos, que se diz abençoado por ter crescido junto de pessoas que sempre lhe incutiram os verdadeiros valores associados ao desporto.
- Categorias:
- ATP World Tour
- Australian Open
- Grand Slams