Treinador e iPad juntos no on court-coaching

Por admin - Agosto 6, 2015

Uma raquete, meia dúzia de bolas e… um iPad. O ténis já não é o que era e o WTA de Stanford, nos EUA, dá esta semana mais um largo e decidido passo na implementação de uma ferramenta tecnológica que vem revolucionar o mundo das raquetes, tornando-se no primeiro torneio a permitir que as jogadoras recebam aconselhamento dos seus treinadores no court com o auxílio de um iPad.

Este novo e atualizado conceito de on court-coaching dá às jogadoras a oportunidade de, em tempo real, terem conhecimento de informações estatísticas, suas e da sua adversária; dados que analisam o desempenho no serviço, a taxa de sucesso em fechar um jogo de serviço,  número de pontos de break salvos; dados que mostram a direção dos serviços, o ponto de contacto na resposta e a direção das pancadas durante as trocas de bolas.

“Isto não só vai melhorar a preparação e o desempenho das jogadoras como também a experiência dos fãs quando assistem ao ténis feminino”, assegurou Stacey Allaster, diretora da WTA, ao IBTimes.

E como é que tudo isto se processa, afinal? Ora bem, o treinador recebe o iPad antes do encontro e, à medida que o embate se vai desenrolando, vai poder esmiuçar o que vai saindo da raquete da sua pupila e também da da sua adversária, levando consigo essas preciosas informações (atualizadas a cada 15 segundos) quando for chamado ao court pela sua jogadora (90 segundos por cada set). Terminado o encontro, o iPad é devolvido.

A aplicação não é visualmente atraente, como confessam os seus criadores, mas a desculpa é perfeitamente aceitável, já que foi desenvolvido com cores (rosa e amarelo) que possam ser perfeitamente percetíveis sob o sol intenso.

Elas aprovam

“[O meu treinador] está muito entusiasmado e eu estou realmente ansiosa, é um grande passo para o futuro. Decidi usá-lo porque ajuda o meu jogo e pode ajudar-me a recuperar quando estiver em dificuldades”. [Angelique Kerber]

“A esperança é a de que todos os jogadores possam beneficiar, sejam o número 80 ou o dois do ranking. Alguns vão querer dados estatísticos, outros vão querer analisar a potência e a deslocação. Vai estar disponível para todos, e isso é que é importante”. [Lindsay Davenport]