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[EXCLUSIVO] Diretor do Rio Open celebra momento das brasileiras, mas pontua desafios para realização de torneio feminino
O bronze olímpico de Laura Pigossi e Luisa Stefani, que se consolidou como uma das melhores duplistas do mundo, e a ótima fase de Beatriz Haddad Maia fizeram crescer o movimento por um torneio WTA no Brasil. A hashtag #RioOpenpraElas, esporadicamente, pinta nas redes sociais, inclusive com apoio das tenistas, pedindo por uma competição para as mulheres no país.
Nas três primeiras edições do Rio Open, o evento foi combinado com competição masculina e feminina, mas, desde então, apenas os homens disputam o torneio.
Nesses últimos dias no @RioOpenOficial perdi as contas de quantas pessoas me perguntaram porque não tem feminino e/ou quando vai ter um @WTA por aqui 🤷🏼♀️ 👀
Volta #RioOpenpraElas ? @luiprocopio— Luisa Stefani (@Luisa__Stefani) February 18, 2022
Ao Bola Amarela, o diretor de relações do torneio Ricardo Acioly, o Pardal, celebrou o ótimo momento das tenistas brasileiras e admitiu que isto pressiona o Rio Open para ter um torneio feminino. Esta é uma ideia para o futuro, mas as dificuldades logísticas são um grande obstáculo a ser superado.
Enquanto a ATP tem o Golden Swing, uma sequência de quatro torneios no saibro na América do Sul nos primeiros meses do ano, atualmente, a WTA só tem uma competição no continente: em Bogotá, em abril, após o WTA 1000 de Miami. Desta forma, fica difícil atrair tenistas top.
EVENTO COMBINADO
Não é fácil fazer um evento combinado. Nos primeiros anos, tínhamos jogos às 14h, era muito difícil. Não dava para começar às 16h porque tínhamos os dois torneios. É uma logística muito complicada. E tínhamos grandes nomes do masculino, como Nadal e Ferrer, e nem perto disso no feminino. A consolidação do torneio foi muito por isso, focar em um evento só. Mas o resultado do tênis feminino brasileiro, sendo tão expressivo, está abrindo condições para se viabilizar. Não estou dizendo que faremos, mas ter uma jogadora 12 do mundo é totalmente diferente. No ano que fizemos, não tivemos nenhuma top 20. Mas a dificuldade não é só do Rio Open, não há uma gira que tenha apelo para as mulheres virem jogar. Sem dúvida, é algo para pensar no futuro.
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SATISFAÇÃO PELO MOMENTO DAS MULHERES
É um momento super especial para as meninas. Sempre vi a Bia como uma jogadora com muito potencial. Com muitos problemas, sempre se mostrou muito trabalhadora e dedicada. Esse desenvolvimento dela foi trabalhado, suado, conquistado. A medalha da Luísa e da Laura, que veio quase do nada, também inspirou a todas. A Luisa voltou de uma lesão como se nada tivesse acontecido. A Ingrid (Gamarra Martins) também está conseguindo resultados, treinou na minha academia dos 10 aos 18 anos, foi para os EUA estudar na minha universidade, acompanhei ela muito, e ainda temos outras meninas, como a Carol (Meligeni). É a primeira vez desde a Maria Esther Bueno que o tênis feminino coloca o masculino nas sombras.
MOMENTO DOS HOMENS
O Thiago (Monteiro) é um jogador consolidado no top 100 e é justo pela carreira dele, mas está faltando aquele resultado para colocar entre os 50. Sei que ele tem muita dedicação e força de vontade. O Rafael (Matos) também mantém a tradição de bons duplistas brasileiros, no caminho que o Bruno Soares e o Marcelo Melo abriram. Lembro dele na Maria Esther Bueno Cup, tenho muita satisfação de ver o trabalho dele com o técnico Franco Ferreiro dando certo. E temos outros nomes. O momento das mulheres é também um desafio para os homens.
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