Victoria Mboko: «As coisas não mudaram assim tanto, continuo a jogar da mesma maneira»
Depois de ganhar o seu primeiro titulo WTA aos 18 anos, em Montreal, Victoria Mboko (23.ª) decidiu não jogar em Cincinatti e assim a canadiana chegou a este US Open como uma das grandes atrações no quadro feminino. Será a sua estreia em Nova Iorque, uma experiência que vai viver como cabeça de série, já que o seu grande sucesso neste verão a colocou de repente entre as 25 melhores do mundo.
No Media Day, pudemos ouvir as suas sensações a poucos dias de se estrear em court frente a Barbora Krejcikova (62º).
PRIMEIRO US OPEN
“Estou muito feliz por ter conquistado o meu primeiro título WTA em Montreal, especialmente por ter sido em casa. Isso dá-me muita confiança para estar aqui, estou feliz comigo própria. Tinha um grande desejo de finalmente competir aqui, estou entusiasmada por me ver no meu primeiro quadro principal do US Open.”
LEMBRANÇAS DE ANDREESCU, RADUCANU E OSAKA
“Elas mostraram que podemos alcançar tudo aquilo a que nos propomos. Todas conseguiram vencer aqui em Nova Iorque quando ninguém esperava nada delas, o que demonstra que o triunfo está ao alcance de todas, que qualquer uma pode chegar longe. Especialmente para o Canadá, o que a Bianca conseguiu aqui foi incrível, fiquei muito feliz por ela naquela altura. Também me lembro da Naomi (Osaka) a vencer a Serena na final aqui, foi um jogo tremendo. Fiquei muito entusiasmada quando joguei contra a Naomi em Montreal, por vezes competir diante do teu público pode ser muito stressante, mas usei toda essa energia a meu favor. Adorei partilhar o court com ela, foi uma experiência incrível.”
PÉS ASSENTES NA TERRA
“Sinto que as coisas também não mudaram assim tanto, continuo a jogar da mesma forma. O ténis é um desporto muito mental, tudo depende de como te sentes contigo própria, da confiança que tens no teu jogo, é isso que te leva a atingir um bom nível de ténis. No meu caso, é fundamental manter-me positiva, o mais positiva possível.”
GESTÃO DA FAMA
“Tudo aconteceu super rápido, depois de Montreal tive muitas entrevistas, muitas conversas, e isso é algo a que realmente não estava habituada, pelo menos até agora. No entanto, gosto de o fazer, adoro falar com pessoas novas, ter novas experiências faz parte do jogo e da viagem. Olhando para trás, foi ótimo viver todas essas coisas, mas agora já fazem parte do passado. Há muitas coisas novas que aí vêm e quero recebê-las com um sorriso, estou ansiosa por descobri-las.”
O MAIS DIFICIL NO CIRCUITO WTA
“Quando comecei a jogar mais torneios WTA, apercebi-me de que as raparigas conseguiam bater na bola com muito mais força e consistência, foi algo a que tive de me adaptar rapidamente, tentando ajustar o meu jogo a esse tipo de velocidade e potência. A este nível, há muito atleticismo envolvido, todas batem muito forte na bola. Eu achava que batia com muita força, mas quando comecei a competir aqui, percebi que havia muitas jogadoras que batiam ainda mais forte do que eu. Tive de me habituar a isso, adaptar-me rapidamente e tentar acompanhá-las. Diria que essa é a maior diferença, embora ainda esteja a aprender muitas outras coisas ao longo do caminho.”
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