US Open 2017: as previsões da equipa Bola Amarela
Campeão Masculino
José Morgado: Roger Federer – o suíço tem cinco títulos em 2017 e tem dominado a temporada no que aos torneios de superfícies mais rápidas diz respeito. Se estiver recuperado das costas, como aparenta estar, será difícil de parar, apesar de ter o quadro mais complicado entre todos os favoritos.
Mário Fernandes: Roger Federer – King Roger pode não se sentir preparado para ganhar o 3ºGS da temporada, o quadro não é o mais acessível dos principais favoritos, mas o suíço está preparado para competir e, nos momentos-chave, encontra sempre as suas armas e a afinação necessária. Kyrgios e Del Potro/Bautista Agut poderão ser as suas principais ameaças no caminho para o título.
João Guerra: Rafael Nadal – O espanhol não vive o melhor dos momentos nesta fase da temporada. A época dos hard-courts não tem corrido assim tão bem, mas, até pela inconsistência dos seus principais adversários, bem como, pela motivação-extra pela chegada à liderança do ranking, o espanhol parte na linha da frente para o US Open.
Susana Costa: Alexander Zverev – Um passo maior do que a perna, num ano dominantemente Fedal? Pode ser, mas tratando-se do perna-longa que mais tem palmilhado o circuito para alcançar os melhores e derrotá-los em grandes finais (Djokovic em Roma e Federer em Montreal), aceito correr o risco.
Afonso Vieira: Alexander Zverev – Com tantos tenistas de topo fora, o favoritismo de Rafael Nadal e Roger Federer é total. Contudo, os dois titãs do ténis mundial encontram-se na mesma metade do quadro, onde militam Grigor Dimitrov e Nick Kyrgios. Com um caminho tranquilo até à final, Sascha terá tudo para alcançar o topo em Flushing Meadows.
Nuno Chaves: Roger Federer – O suíço pode não estar a 100% devido à lesão contraída em Montreal. No entanto, com o passar da competição, a probabilidade de se ir sentindo mais confortável e confiante é grande e, como se sabe, quando isso acontece fica muito mais perto de triunfar.
Campeã Feminina
José Morgado: Karolina Pliskova – Ainda que o favoritismo teórico seja de Garbiñe Muguruza, a espanhola nunca foi feliz no US Open e não conseguiu, na sua carreira, muitas séries de bons torneios consecutivos. Karolina Pliskova, a número um do Mundo, ficou a um set do título em 2016. Este pode ser o seu ano.
Mário Fernandes: Garbiñe Muguruza – A pupila de Sam Sumyk está a começar a colher os frutos do trabalho árduo e da experiência que vai levando na ribalta do ténis mundial feminino, e aparece como a grande favorita ao título em Flushing Meadows. E acho que não fazem falta palavras para perceber o porquê.
João Guerra: Caroline Wozniacki – Aposta de risco elevadíssimo, é verdade. Mas a número 5 mundial já mostrou ter ténis para, pelo menos, estar ao nível das suas adversárias neste US Open. É certo que perdeu as seis finais que disputou este ano, mas pelo menos teve o mérito de lá chegar. Em Flushing Meadows, quem sabe, poderemos ver uma história diferente. O possível encontro com Venus Williams na quarta ronda será, por certo, dos mais aguardados.
Afonso Vieira: Garbine Muguruza – A subir de forma dia após dia, a tenista espanhola tem-se mostrado bastante consistente, o que não considerando Serena Williams, soa como algo raro.
Susana Costa: Garbine Muguruza – Tem Kvitova, Venus e Wozniacki no seu caminho, mas a campeã de Wimbledon chega a Nova Iorque em condições de dizer: “venham elas!”. A espanhola de 23 anos está a jogar o melhor ténis da carreira, e nunca ter passado da segunda ronda será encarado como uma motivação adicional
Nuno Chaves: Garbiñe Muguruza – Não há volta a dar. É a jogadora do momento e a que se encontra em melhor forma. Tem o número na mira e depois dos triunfos em Wimbledon e Cincinnati é a grande favorita a vencer em Nova Iorque
Darkhorse Masculino
José Morgado: Sam Querrey – Com tantas ausências, há uma dezena de jogadores que têm a oportunidade das suas vidas para chegar longe num torneio como este. Sam Querrey, semifinalista de Wimbledon e número oito (!) da ATP Race, beneficiou da desistência de Andy Murray e ocupou o lugar de top 8 na lista de cabeças-de-série. Porta aberta para os quartos-de-final…
Mário Fernandes: Benoît Paire – O virtuoso francês é sempre uma incógnita, mas face ao bom nível que consegue apresentar e ao seu atleticismo, Benoît poderá fazer uns brilharetes perante as luzes da “cidade que nunca dorme”.
João Guerra: John Isner – Esta poderá ser a grande oportunidade de Isner brilhar no seu país. Surge em Flushing Meadows com um conjunto de bons resultados e o próprio quadro poder-lhe-á abrir perspetivas. O possível confronto com Marin Cilic na quarta ronda ditará o sucesso do norte-americano.
Afonso Vieira: Nick Kyrgios – Mantenho a minha aposta para “darkhorse” naquele que para mim será sempre o tenista que todos menos desejam encontrar enquanto não entrar no top10. O australiano vem subindo de forma e quem sabe se não será o responsável por não haver um Fedal neste US Open.
Susana Costa: Bautista Agut – Embalado pelo título em Winston-Salem, e à boleia do melhor ranking da carreira, o espanhol de 29 anos pode fazer muitos e grandes estragos em Nova Iorque.
Nuno Chaves: Kevin Anderson – Tem um quadro complicado pois pode enfrentar Alexander Zverev na 3a ronda. E se o sul africano fizesse uma surpresa? Tem estado em grande forma com fases finais em diversos torneios. Num Grand Slam de tão boas memórias para Anderson, tudo pode acontecer.
Darkhorse feminina
José Morgado: Maria Sharapova – Fora do top 100, a campeã de 2006 conta para esta categoria, ainda que seja arriscado tendo em conta que logo na primeira ronda defronta… Simona Halep. A mantiver a invencibilidade diante da romena (lidera o confronto direto por 6-0), a russa de 30 anos pode perfeitamente embalar… rumo ao… título?
Mário Fernandes: Kaia Kanepi – A estónia ex-top 15 e atualmente na 422ª posição do ranking WTA tem quadro e ténis para progredir até à 2ª semana. Eu acredito que irá surpreender muita gente, ou pelo menos os que desconhecem ou se esquecem do seu potencial.
João Guerra: Madison Keys – A norte-americana tem vindo a realizar exibições mais de acordo com o seu verdadeiro potencial. O facto de estar fora do top-10 fá-la cair na categoria de Darkhorse, mas o ténis que tem exibido nesta fase vale claramente uma presença junto das melhores do mundo.
Afonso Vieira: Julia Goerges – A tenista germânica encontra-se em grande forma, alcançando bons resultados semana após semana. Com um quadro relativamente acessível, se a confiança começar a fluir será uma tenista a ter em conta para a segunda semana.
Susana Costa: Daria Gavrilova – Varreu o torneio de New Haven de uma ponta à outra, para levantar o primeiro título da carreira, e chega Nova Iorque extra-motivada para continua a limpar caminho. Ter Svitolia na 3R seria fatal em circunstâncias normais, mas são tempos de glória para a espevitada australiana
Nuno Chaves: Maria Sharapova – Não joga há muitos meses é certo. Mas temos sempre que contar com Sharapova, seja qual for o torneio ou a adversária. Nova Iorque é um local que a russa adora e estar de regresso ao US Open é uma motivação mais que suficiente para realizar uma boa prova e derrotar logo na estreia Halep. Se for ultrapassando as primeiras rondas pode-se tornar num caso sério.
Primeiro top 10 a cair
José Morgado: Marin Cilic – Com tão poucos top 10 ainda em prova, o croata até poderia ser uma boa aposta para chegar longe, mas a verdade é que não compete desde a final de Wimbledon. A sua forma física é uma total incógnita…
Mário Fernandes: Dominic Thiem – O austríaco começa a acumular o cansaço de uma temporada larga, e os últimos resultados no piso rápido não têm sido tão bons como o foram até agora. Para além do mais, poderá ter de defrontar Del Potro ou Bautista Agut na 4ª ronda…
João Guerra: Dominic Thiem – Não têm sido fáceis as últimas semanas para o austríaco. Depois de uma primeira fase da temporada a um nível altíssimo, Thiem aparece agora como um jogador mais frágil e ao alcance de muitos adversários. Além disso, o quadro também não ajuda…
Afonso Vieira: Dominic Thiem – Dos 6 top10 em prova, Dominic Thiem é de longe aquele que apresenta piores resultados em pisos rápidos. Del Potro na 4ª ronda em Nova Iorque não deverá ser tarefa fácil para o tenista austríaco, se lá chegar.
Susana Costa: Dominic Thiem – Escapou à praga das lesões, mas surge como o elo mais fraco. Vejamos: não foi além das três vitórias nos torneios de preparação para o US Open, está a pagar a factura de um arranque de temporada frenético e, já se sabe, é dado a outros carnavais (mais poeirentos).
Nuno Chaves: Dominic Thiem – O austríaco não é nenhum especialista em piso rápido e tem voltado a confirmar isso em 2017. O facto de já ter disputado alguns torneios e ter algum cansaço acumulado pode ditar a eliminação em rondas iniciais
Primeira top 10 a cair
José Morgado: Simona Halep – Por uma questão de coerência com o meu Darkhorse…
Mário Fernandes: Agnieszka Radwanska – Apesar de estar numa das melhores fases da temporada, o encontro com Petra Martic na ronda inaugural pode ditar o seu destino nesta competição.
João Guerra: Agnieska Radwanska – Muito irregular. Só assim se pode caracterizar a época da polaca. Até pode surpreender realizando um torneio espectacular, mas, neste momento, não parece ter capacidade para tal.
Afonso Vieira: Simona Halep – Qualquer top10 que defronte Maria Sharapova na primeira ronda será a mais certa candidata a cair primeiro. A russa não precisa de apresentações e as 6 vitórias já alcançadas sobre Halep demonstram que o seu poderio não é bem-vindo por parte da Romena.
Susana Costa: Agnieszka Radwanska: Em abono da verdade, a polaca está de malas aviadas do top 10, e, a avaliar pelos resultados deste ano, sai disparada na pole position para fazer estrondo em Flushing Meadows pelas piores razões. Petra Martic e CoCo Vandeweghe vão esfregando as mãos.
Nuno Chaves: Simona Halep – Defrontar Maria Sharapova na estreia foi a pior notícia possível para a romena. Depois da derrota pesada frente a Muguruza em Cincinnati, as feridas poderão ainda não estar saradas.