US Open 2015: As previsões da equipa Bola Amarela
Campeão Masculino
José Morgado – Roger Federer: Quando se podia pensar que Wimbledon tinha sido a sua última grande oportunidade de vencer um Major, o suíço apareceu melhor do que nunca em Cincinnati, derrotando Novak Djokovic pela segunda vez em 2015. À melhor de cinco sets é mais difícil, mas o suíço parece fisicamente num grande momento.
Mário Fernandes – Roger Federer: O astro suíço demonstrou um nível de jogo e uma capacidade atlética extraordinárias em Cincinnati, e acredito que tenha todas as condições para transportar essa onda de confiança para o último Grand Slam da temporada.
Pedro Almeida – Roger Federer: Muitas vezes já viu a sua carreira terminada por muitos amantes da modalidade, mas o suíço tem mostrado que ainda está numa forma invejável… aos 34 anos. Todo o ténis incrível que exibiu em Cincinnati para vencer o torneio, derrotando o número um mundial Novak Djokovic na final, só prova que tudo é possível para Federer. Vamos ver se aguenta em termos físicos.
Susana Costa – Novak Djokovic: Pode ter perdidos duas das três últimas finais que disputou, mas quando se trata de Grand Slams a conversa é outra. Além de encontrar em Nova Iorque a sua superfície favorita, o sérvio tem no US Open mais uma oportunidade para renovar a reputação de ‘adversário-mais-difícil-de-bater-em-cinco-sets’.
Ricardo Alves – Novak Djokovic: Depois da Era Federer-Nadal, eis que surge um campeão solitário quase imbatível diante dos seus pares. Djokovic é o suspeito do costume quando se pensa nos Majors, ainda que o US Open tem sido um dos mais duros para o jogador sérvio. Já com 10 títulos do Grand Slam na algibeira, apenas um foi ganho em solo norte-americano. Ainda assim, com uma época tremenda, os mais recentes percalços não irão demover o número um mundial de conquistar mais um Grand Slam e subir outro degrau na escadas dos G.O.A.T..
Paulo Gouveia – Novak Djokovic: Sim, é verdade que este é o grand slam mais imprevisível do calendário até por ser o último e o desgaste acumulado ao longo de uma época exigente ser maior. Esta imprevisibilidade é atestada pelo facto de nos últimos 6 anos termos tido 5 vencedores diferentes. Mas depois de vermos a época de Nole, é difícil não o apontar como o favorito número um à conquista de Flushing Meadows e é também difícil não lembrar a época histórica de 2011. O sérvio ganhou quase tudo à excepção de Roland Garros e apesar de ter perdido as finais dos últimos dois torneios pré US Open, a cinco sets é muito difícil eliminar o sérvio e atual número 1 do ranking ATP.
José Morais – Roger Federer: a vitória no Masters 1000 de Cincinnati diante de Novak Djokovic provou uma vez mais que Roger Federer ainda está “aí para as curvas” e que consegue fazer frente ao número um do mundo. Resta saber se o jogador suíço vai ser capaz de aguentar duas semanas a jogar ao mesmo nível e com encontros à melhor de cinco partidas.
Pedro Mendes – Novak Djokovic; o número um mundial tem sido indiscutivelmente o melhor tenista do ano e, tal como fez em Wimbledon no pós-Roland Garros, quererá uma vez mais responder a uma difícil derrota – na final de Cincinnati, o único evento Masters 1000 que lhe falta ganhar – com (mais um) grande título.
Campeã Feminina
José Morgado – Serena Williams: Só há uma jogadora que pode impedir Serena Williams de fazer história este ano em Nova Iorque: ela própria. O seu quadro nem é fácil, mas a número um mundial não tem rival à altura no circuito neste momento.
Mário Fernandes –Serena Williams: O seu domínio esmagador dentro do circuito só terá fim quando a mesma se retirar ou decidir ir de férias (como a mesma garantiu que fará logo após o Open dos Estados Unidos, caso ganhe)… Sábado dia 12 de Setembro deveremos estar perante o Calendar … perdão, Serena Slam.
Pedro Almeida – Serena Williams: Sim, sabemos que, por vezes, a número um mundial não entra da melhor forma em torneios do Grand Slam, mas penso que a norte-americana não vai deixar escapar o Grand Slam de calendário. Se jogar o que sabe, será acessível para Williams.
Susana Costa – Serena Williams: Quem mais? Se a número um mundial não precisa de grandes pretextos para vencer, imagine-se quando em causa estão o Grand Slam de calendário e a possibilidade de igualar os 22 Majors de Steffi Graf. Serena ou sai de Flushing Meadows de troféu em riste ou de maca.
Ricardo Alves – Serena Williams: Haverá outra favorita para arrecadar o último Grand Slam da temporada? A possibilidade de vencer finalmente os quatro Grand Slams no mesmo ano fará com que nada nem ninguém consiga travar a jogadora da casa.
Paulo Gouveia – Serena Williams: Serena, who else? A lenda americana está à beira de um feito histórico, o chamado Calendar Slam e não nos parece que alguém lhe possa fazer sombra, apesar de não ter um quadro assim tão fácil (tem em rota de colisão talentos como Stephens, Bencic ou até a irmã mais velha Venus). Poucas vezes perdeu nesta época e há muito tempo que não tínhamos uma líder do ranking tão incontestada. Venha o Serena Slam!
José Morais – Serena Williams: acredito que não é necessária qualquer justificação. Enquanto a norte-americana continuar a andar pelo circuito mundial feminino vai ser difícil apostar o contrário.
Pedro Mendes – Serena Williams: apesar de já ser a detentora dos quatro troféus do Grand Slam neste momento, a norte-americana não deverá “abrandar” no Major do seu país.
Darkhorse Masculino
José Morgado – Richard Gasquet: Sim, o meu darkhorse é o mesmo de Wimbledon. Resultou uma vez, por que não duas? O francês jogou muito bem em Cincinnati e tem um quadro bastante interessante em Nova Iorque. Pode chegar aos quartos-de-final, onde aí terá Roger Federer no caminho.
Mário Fernandes –Richard Gasquet: O gaulês tem vindo a descobrir como tirar partido das suas melhores pancadas desde que regressou de lesão, com resultados e grandes exibições a serem consequência disso. Numa fase tão adiantada da temporada, em que o cansaço está presente e onde as condições de jogo são bastante rápidas, o seu estilo de jogo poderá trocar a volta a muita gente.
Pedro Almeida – Kevin Anderson: O gigante sul-africano mostrou-se em excelente forma durante a semana passada e parte para Nova Iorque com muita confiança, uma vez que conquistou, em Winston-Salem, o seu primeiro título desde 2012, apesar de não ter tido adversários muito difíceis de bater.
Susana Costa – Alexandr Dolgopolov: Semifinalista em Cincinnati, onde fez a vida negra a Novak Djokovic, o ucraniano chega a Nova Iorque com ganas de mostrar mais e melhor. Kei Nishikori, na terceira ronda, pode tornar-se na plataforma de lançamento para altos voos em Nova Iorque.
Ricardo Alves – Dominic Thiem: O jogador austríaco está a viver um ano excecional, tendo-se estreado na conquista de títulos ATP World Tour, com 3 ganhos este ano. Com apenas 21 anos, o atual número 20 mundial tem as armas para fazer mossa no último Grand Slam do ano.
Paulo Gouveia – Grigor Dimitrov: O seu talento é unânime. No entanto, 2015 ainda não foi o seu ano e tem no último slam da temporada a sua última hipótese de salvar o ano. O Baby Fed não tem um quadro muito complicado nas primeiras rondas, tendo em perspetiva um embate com o campeão do ano passado na terceira ronda, Marin Cilic, onde poderá aproveitar o facto de a pressão estar do lado do croata para fazer sensação. Além disso, os hard courts favorecem o seu jogo agressivo.
José Morais: Grigor Dimitrov – já chegou a altura de Grigor Dimitrov dar aquele passo extra nos torneios do Grand Slam e mostrar que, para além de também ter a esquerda a uma mão, havia mais razões para em tempos ser considerado o BabyFed. O quadro podia ser pior, mas, quando em boa forma, o búlgaro é capaz de tudo.
Pedro Mendes – Gäel Monfils: o tenista francês costuma alinhar boas prestações em Flushing Meadows, e olhando para o quadro acredito numa chegada às meias-finais por parte do 16º pré-designado.
Darkhorse Feminino
José Morgado – Victoria Azarenka: Parece quase um sacrilégio colocar uma duas vezes finalista como darkhorse, mas o ranking mais baixo que continua a ter permite-me este tipo de aventuras. Com o quadro que tem, uma terceira final com Serena Williams parece-me perfeitamente possível.
Mário Fernandes– Belinda Bencic: A jovem suíça teve uma semana inacreditável em Toronto, e só uma lesão a fez parar na etapa seguinte, em Cincinnati. Aparentemente recuperada, a pupila de Melanie Molitorová (mãe de Martina Hingis) estará a preparar-se para chegar, uma vez mais, às rondas finais de um torneio, desta feita de um Grand Slam.
Pedro Almeida – Elina Svitolina – Se já estiver em forma, uma vez que desistiu em New Haven devido a uma lesão nas costas, a talentosa ucraniana pode mostrar a razão pela qual atingiu as meias-finais em Cincinnati, há duas semanas, tendo sido apenas derrotada por Serena Williams.
Susana Costa – Victoria Azarenka: A bielorrussa não só sabe o que é preciso fazer para prolongar a sua estadia em Nova Iorque (foi finalista em 2012 e 2013) como mostrou não se ter esquecido de como se tiram do caminho adversárias de peso, ao derrotar Caroline Wozniacki e Petra Kvitova recentemente.
Ricardo Alves – Caroline Wozniacki: Embora ocupe atualmente a quarta posição (o que não é um lugar comum para um darkhorse), a dinamarquesa nunca alcançou nenhum troféu nos Majors. Wozniacki tem demonstrado uma evolução na agressividade do seu jogo que lhe poderá dar bons resultados em solo americano e quem sabe vir a quebrar o feitiço das números um mundial que nunca alcançaram títulos do Grand Slam.
Paulo Gouveia – Victoria Azarenka: A bielorrussa já chegou à final duas vezes em 2012 e 2013. Apesar de não ter tido uma época regular, está em crescendo e nas últimas semanas derrotou adversárias da craveira de Petra Kvitova e Caroline Wozniacki. A ter em atenção.
José Morais – Jelena Jankovic: a sérvia é daquelas jogadoras que tanto pode chegar aos quartos-de-final como perder na primeira ronda com um duplo 6-0, mas o bom verão norte-americano pode ser a injeção de confiança de que precisava para brilhar em Nova Iorque. Um encontro frente a Carla Suarez Navarro na terceira ronda é algo a não perder.
Pedro Mendes – Victoria Azarenka: a antiga líder do ranking WTA já foi finalista por duas vezes (consecutivas) do último torneio do Grand Slam da temporada e não está na secção do quadro de Serena Williams, a sua carrasca em ambas as finais. A bielorrussa pode ter uma antiga campeã (Stosur) e uma antiga finalista (Wozniacki) pelo caminho, mas, se encontrar o seu melhor ténis, julgo que poderá repetir os resultados de 2012 e 2013.
Primeiro top-10 a cair
José Morgado – Marin Cilic: O campeão em título, longe da melhor forma. Pode perfeitamente ficar pelo caminho na primeira semana diante de um bom Grigor Dimitrov.
Mário Fernandes– David Ferrer: O tenista natural de Javea só agora está recuperado da lesão no cotovelo e, com pouco ritmo de jogo nas pernas, por mais que o seu espírito de luta ainda lhe permita passar as duas rondas iniciais, terá pela frente oponentes como Jeremy Chardy e Marin Cilic, que têm estado bem ultimamente e que têm neste piso como a sua especialidade.
Pedro Almeida – David Ferrer: Vindo de lesão, não acredito que o espanhol vá muito longe em Flushing Meadows quando tem Marin Cilic ou Grigor Dimitrov bem perto de si no quadro.
Susana Costa – Milos Raonic: Não vence um encontro desde Wimbledon e tem no seu caminho obstáculos que se podem revelar fatais, como Feliciano López, com quem perdeu na primeira ronda do Masters 1000 de Cincinnati.
Ricardo Alves – David Ferrer: O incansável jogador espanhol recuperou recentemente de uma lesão que o inibiu de se preparar convenientemente para o US Open. Dos 10 melhores jogadores da atualidade, Ferrer é o que tem menos rodagem à chegada ao US Open.
Paulo Gouveia – David Ferrer: Depois da época marcada por lesões nos últimos meses é impossível não pensar no espanhol como a provável baixa de vulto nas primeiras rondas. Mais uma vez esteve em bom nível na terra batida, mas desde que chegou aos quartos-de-final em Roland Garros, só jogou um jogo na relva de Nottingham.
José Morais – Marin Cilic – o croata vai chegar a Flushing Meadows com todos os olhos postos em si depois do triunfo do ano passado, e é certo e sabido que uma pressão como esta é mais do que suficiente para abalar a capacidade de um jogador. Veremos como vai reagir.
Pedro Mendes – Milos Raonic: previa que este fosse o ano da confirmação de Milos Raonic como, pelo menos, um futuro top5 mundial, mas uma temporada fustigada de lesões leva-o a ir desde a minha escolha para campeão de Wimbledon a primeiro membro do lote dos dez melhores a cair em Nova Iorque. Em má forma, o canadiano pode enfrentar Fernando Verdasco ou Tommy Haas na segunda ronda, adversários experientes e sempre potencialmente complicados.
Primeira top-10 a cair
José Morgado – Carla Suárez Navarro: A espanhola não ganha um único encontro há três meses (!) e tem Roberta Vinci, a voltar à forma, logo na segunda ronda. Não a vejo passar daí…
Mário Fernandes– Ana Ivanovic: A bela tenista sérvia, que tem dado nas vistas com as (perfeitas) sessões fotográficas das últimas semanas, e que só perdeu para as vencedoras dos torneios de Toronto (Belinda Bencic) e Cincinnati (Serena Williams) na sua preparação para o US Open, mantém um nível demasiado inconstante e terá pela frente uma jogadora aguerrida, com vontade de fazer esquecer a derrota perante Catherine Bellis na ronda inaugural do ano transato, de nome Dominika Cibulkova. A ver vamos…
Pedro Almeida – Carla Suárez Navarro: A 10.ª colocada do ranking mundial está muito longe da sua melhor forma e o piso rápido não é a sua melhor superfície. Para além disso, tem Roberta Vinci na segunda ronda que lhe pode causar muitos problemas.
Susana Costa –Carla Suárez Navarro: É pouco dada a superfícies rápidas, não passou da primeira ronda nos últimos cinco torneios que disputou e tem como possíveis adversárias nas primeiras rondas Roberta Vinci e Jelena Jankovic. Milagres? Não há.
Ricardo Alves – Maria Sharapova: A russa esteve impedida de participar nos torneios que antecedem o US Open, não tendo portanto uma preparação digna de uma candidata ao título. O último Major do ano não deverá reservar bons resultados para a ex-campeã.
Paulo Gouveia – Maria Sharapova: Sabe-se que é uma jogadora atreita a problemas físicos e recentemente desistiu de Cincinnati devido a uma lesão na perna. A sua participação chegou a estar em dúvida, havendo naturalmente grandes reservas em relação à forma em que se apresentará em Nova Iorque. Além do mais, defrontará na primeira ronda uma oponente que já a derrotou em 2015, Daria Gavrilova.
José Morais – Carla Suarez Navarro: derrotas na primeira ronda em Cincinnati e Toronto e ainda o tal possível duelo com Jelena Jankovic na terceira ronda. Suarez Navarro tem muito com que se preocupar neste US Open.
Pedro Mendes – Carla Suárez Navarro: a décima favorita à vitória no US Open só o é mesmo no “papel”, porque umas US Open Series que não podiam ter corrido muito pior e um possível embate com Vania King ou Roberta Vinci na segunda fase podem levar, desde logo, ao seu afastamento.