Toni Nadal pede calma: «Rafa tem 36 anos, o corpo já não é como antes»
Toni Nadal continua a acompanhar de perto o que se vai passando com o seu sobrinho Rafael Nadal, que esta terça-feira desistiu do Masters 1000 de Monte-Carlo. Continua uma incógnita o momento em que vai competir pela primeira vez desde o Australian Open, sendo que o seu tio falou disso e de outros temas ao Talking Tennis.
COMO ESTÁ NADAL
Sente-se bem mas não é fácil saber exatamente porque há que saber quando se compete. Não é o mesmo que treinar.
ENCONTRO COM FRITZ EM WIMBLEDON
Se se tivesse retirado antes de encontros talvez teria um Roland Garros a menos, nunca se sabe. A verdade é que nesse encontro não podia jogar para o seguinte. Acho que estava a jogar muito bem em Wimbledon. Ganhou o Australian Open e estava perto das meias-finais de Wimbledon. Quando estás lá, o normal é jogar porque sabes que, talvez, se fizeres um esforço, tens a possibilidade de ganhar Wimbledon. É normal que tenha querido jogar.
GANHAR RITMO A COMPETIR
Depois de Wimbledon teve muitos problemas e não pôde treinar nem competir normalmente. É difícil jogar assim. Em Roland Garros ou na temporada de terra é diferente porque, embora não esteja num estado de forma top, Rafa pode fazer um esforço porque controla a força e a velocidade. Em piso rápido indoor é muito difícil. Em Roland Garros, Rafa tem dois ou três encontros para assumir o controlo, em Turim não. Se jogas o primeiro duelo com Fritz não é fácil. No terceiro joga melhor, mas já é tarde. Rafa tem 36 anos, o corpo já não é como antes. Não precisa de treinar muito, tem é que competir. Nos últimos tempos, vai buscar a melhor forma a competir, não a treinar.
QUANDO É QUE SE VAI RETIRAR
Não sei. Acho que vai jogar enquanto pensar que pode ganhar. Mas depende de como está, de como pode treinar e então veremos.