Suárez Navarro: «Não sou nenhuma heroína, mas sei que sou diferente»
Carla Suárez Navarro, campeã da última edição do Portugal Open feminino, em 2014, viveu uma temporada de sonho. Chegou a ser número 4 da WTA Race na primeira metade do ano, estreou-se no top-10, chegou à final em dois dos torneios mais importantes do Mundo – Miami e Roma – antes de quebrar bastante na segunda metade da época, onde chegou a estar a duas vitórias das WTA Finals, mas onde acabou por ficar até de fora das 10 primeiras.
Qual o segredo para ser uma das melhores do Mundo com 1,62 metros e um ténis diferente? Ela tenta explicar, em entrevista ao “Mundo Deportivo”. “Não sou uma heroína, mas sei que sou diferente. 90 por cento das outras tenistas jogam os pontos com uma, duas, no máximo três pancadas. Eu gostava de também ser assim, por resolveria muitos problemas, mas também estou contente com a variedade de jogo que tenho. Nós, as jogadoras mais pequenas, temos de ir buscar soluções para contrariar essas adversárias que resolvem as questões com pancadas fortes. Temos de compensá-lo de alguma forma”.
E o que terá faltado para 2015 ter sido ainda melhor? Suárez Navarro acha que a chave está na cabeça. “A certa altura perdi o equilíbrio entre a maior agressividade que quer apresentar e o meu ténis mais sólido. Mas há que manter essa agressividade para 2016, que tem de vir desde logo da minha mentalidade. Isso é o que me falta também”.
Para Carlita, não há dúvidas: Serena Williams é a melhor, mas pode ser derrotada. “Todas sabemos que ela está um nível acima mas não ganha sempre. É ela que tem mais experiência, agressividade e potência, mas ultimamente temos visto como outras jogadoras podem ganhar os grandes títulos e como várias jovens vão aparecendo. A Pennetta, no US Open, ajudou a abrir essa porta.”