Roland Garros 2017: As previsões da equipa Bola Amarela
Estas são as previsões da equipa do Bola Amarela sobre aquilo que poderá acontecer (ou não) em Paris.
Campeão Masculino
José Morgado – Rafael Nadal: O maiorquino de (quase) 31 anos foi o segundo melhor jogador do ano até à terra batida, de longe o melhor nos torneios de preparação para Roland Garros e em Paris é o melhor da história. Difícil imaginar alguém a travá-lo…
Susana Costa – Rafael Nadal: Há quanto tempo não lhe víamos os chifres tão afiados? Justamente. Com três títulos conquistados em quatro torneios disputados nesta temporada de terra batida, El Toro irrompe pela Catedral parisiense com a melhor hipótese dos últimos anos de conquistar (mais uma) La Décima.
Mário Miguel Fernandes – Rafael Nadal: O maiorquino foi irrepreensível durante a temporada de terra batida, e ainda para cima quando há para disputar encontros à melhor de 5 sets, julgo que ninguém lhe fará frente este ano.
João Guerra – Novak Djokovic: O sérvio está a ter a pior época dos últimos largos anos. Mas o que é certo é que ele está aí. Tem vindo em crescendo na temporada de terra batida e, olhando para os seus rivais, apenas Rafael Nadal se tem mostrado claramente superior.
Afonso Vieira – Novak Djokovic: Entre o sérvio e Rafael Nadal, não consigo imaginar outro tenista a vencer esta edição de Roland Garros. Numa segunda semana mais pesada, com chuva à mistura, não me surpreenderia se Novak Djokovic levasse mesmo a melhor sobre um Nadal que já não se mostra tão forte, fisicamente e mentalmente, em partidas à melhor de 5 sets. Pelo menos, não contra o sérvio.
Zezé Morais – Novak Djokovic: uma fase boa da temporada? Não. Uma equipa técnica estável? Não. Sem pressão? Definitivamente não, sendo ele o campeão em título. Mas Novak Djokovic tem vindo a subir gradualmente o seu nível de jogo ao longo de 2017 e podera ter em Paris um ponto de viragem de que tanto precisa. Veremos o que faz o “novo crocodilo”.
Nuno Chaves – Rafael Nadal: o espanhol está em grande forma na temporada de terra batida e vencendo, poderá conquistar o seu décimo título em Paris. É a sua grande oportunidade.
Campeã Feminina
José Morgado – Svetlana Kuznetsova: Num torneio feminino que está mais aberto do que nunca, a campeã de 2009, que tem jogado a muito bom nível, tem uma enorme oportunidade de aumentar o seu palmarés.
Susana Costa – Elina Svitolina: Sem Serena Williams na área, com Simona Halep com o tornozelo à perna e Garbiñe Muguruza sem embalo, pouco admirada ficaria se a campeã de Roma se chegasse à frente também em Paris.
Mário Miguel Fernandes – Svetlana Kuznetsova: A ex-campeã da prova tem conseguido uma maior estabilidade emocional e, consequentemente, exibicional nos últimos meses, e saindo numa secção superior do quadro de menor grau de exigência, acredito que terá tudo para levar o “caneco” para casa.
João Guerra – Elina Svitolina: A ucraniana não tem muita experiência nos grandes palcos, mas este ano tem estado em grande. E, seja por faltarem algumas jogadoras de renome, seja pela má forma de outras, o nome da ucraniana tem que ser obrigatoriamente considerado para possível vencedora.
Afonso Vieira – Simona Halep: Sem Serena, Sharapova e Azarenka, o ténis feminino fica bastante volátil. De poucas tenistas femininas que se sentem bem sobre terra batida, Simona Halep tem-se mostrado irrepreensível. Não fosse a lesão em Roma e “não haveria estória em Roland Garros”.
Zezé Morais – Simona Halep: O quadro feminino de Roland Garros não poderia estar mais aberto e imprevisível, dada a quantidade de favoritas que estão em baixo de forma e/ou com problemas físicos. A própria Simona Halep diz ter treinado esta semana com problemas no tornozelo mas diz estar “muito melhor” e portanto tem boas hipóteses de conquistar o primeiro Grand Slam em Roland Garros.
Nuno Chaves – Elina Svitolina: Tem sido uma das grandes jogadoras em terra batida. Vai poder dar seguimento à sua excelente forma e a ausência de grandes figuras pode levá-la ao tão desejado título
Darkhorse Masculino
José Morgado – Juan Martín Del Potro: O argentino tem um ótimo quadro (na secção do fragilizado Andy Murray) e o ténis suficiente para lutar de igual para igual com qualquer um. Se estiver saudável, pode chegar aos ‘quartos’ ou até às ‘meias’.
Susana Costa – Fabio Fognini: Deixando a aposta habitual de lado (Nick Kyrgios), mas mantendo-me no campo dos “doidos varridos mas talentosos como o raio”, o italiano é quem melhor preenche a vaga. Protagonizou um brilharete para derrotar Murray e fez até a vida negra a Nadal, em Madrid. Ah, e foi pai… Atenção.
Mário Miguel Fernandes – Jo-Wilfred Tsonga: O tenista da casa tem-se mostrado sólido em 2017, com melhor seleção de pancadas e uso do seu arsenal, e acredito que tem armas para chegar até aos quartos-de-final.
João Guerra – Nick Kyrgios: Já se percebeu que tanto se pode estar perante uma aposta certeira, como perante um falhanço completo. A irregularidade é uma das características do australiano, mas é possível que em Roland Garros consiga finalmente dar sequência a todo o potencial que apresenta.
Afonso Vieira – Nick Kyrgios: O único tenista que ainda não alcançou grandes feitos que se bate cara-a-cara com todos os outros. Tem um quadro relativamente fácil e num Grand Slam “não se brinca”. Como Lleyton Hewitt disse há uns meses, “Kyrgios pode ir longe em Roland Garros”.
Zezé Morais – Nick Kyrgios: Bom, ver Nick Kyrgios nas meias-finais ou nos quartos-de-final não seria propriamente um surpresa, mas o critério para este ponto é escolher um jogador fora dos dez primeiros e, portanto, aqui está. Veremos como está o australiano em Paris, depois de alguns problemas físicos.
Nuno Chaves – Grigor Dimitrov: Começou a época em grande mas tem vindo a perder gás. No entanto, talento não lhe falta e é um jogador que motivado e focado, pode derrotar qualquer tenista.
Darkhorse Feminino
José Morgado – Kiki Bertens – A semifinalista de 2017 chega a Paris com a confiança em alta, depois de ter conquistado Nuremberga pela segunda vez e de ter estado nas meias-finais do Premier 5 de Roma, na semana antes. Tem um bom quadro e pode sonhar…
Susana Costa – Kristina Mladenovic: Estatelou-se à primeira em Roma, mas as finais em Estugarda e em Madrid, à custa de vitórias sobre jogadores como Kuznetsova, Kerber e Sharapova, ilibam-na do desaire. Ainda para mais, deu-lhe tempo para recarregar baterias para o Grand Slam do seu país.
Mário Miguel Fernandes – Anastasia Pavlyuchenkova: Número 9 na WTA Porsche Race, a russa tem encontrado a sua forma na presente temporada, e está numa secção do quadro onde as mais cotadas se encontram numa fase menos boa, pelo que a sua chegada às meias-finais não me surpreenderia.
João Guerra – Kristina Mladenovic: A francesa só ganhou uma das quatro finais que disputou este ano, mas é inegável que tem estado numa forma excelente. Tem um possível confronto com a campeã Muguruza na quarta ronda, mas neste momento até nem se pode dizer que Mladenovic esteja abaixo da espanhola, isto apesar da desilusão em Roma.
Afonso Vieira – Kiki Mladenovic: A tenista francesa é, sem dúvida, a tenista a observar neste torneio. Em excelente forma, a jogar em casa, muito madura em termos de opções táticas nos últimos tempos, é uma tenista em clara ascensão que poderá vir a lutar pelos lugares cimeiros do ranking. É a minha segunda opção para vencer o torneio.
Zezé Morais – Francesca Schiavone: ela tem 36 anos, mas ainda tem muito para mostrar em court. Francesca Schiavone chega a Roland Garros com uma missão e terá de apanhar uma adversária em estado de graça para a poder parar.
Nuno Chaves – Anastasia Pavlyuchenkova: a russa tem ténis para criar estragos em qualquer adversária. O facto de algumas das principais jogadoras em prova não estarem numa forma por aí além, pode perfeitamente acontecer uma surpresa.
Primeiro top-10 a cair
José Morgado – Andy Murray: Se Andrey Kuznetsov na primeira ronda já tem tudo para correr mal (para o escocês), Juan Martín Del Potro na terceira eliminatória poderá mesmo ser… demais.
Susana Costa – Kei Nishikori: Há poucas coisas a conspirarem a seu favor por esta altura. Desistiu de Barcelona, saltou fora em Madrid e ainda houve a derrota precoce em Roma.”Mas, então, e as meias-finais em Genebra, esta semana”? Certo, mas é em Paris que a real saúde do seu pulso vai ser testada à séria.
Mário Miguel Fernandes – Alexander Zverev: 2ª semana como membro do top10, muito potencial, muito por madurar, mas nas “big leagues” não se facilita. O seu novo estatuto ainda terá de ser provado, e acho que sucumbirá perante Pablo Cuevas na 3ªronda.
João Guerra – Milos Raonic: O canadiano nem tem um quadro assim tão complicado, mas não se tem mostrado bem. O possível duelo com Muller na terceira ronda já ajudará a tirar dúvidas. Mas será de seguida, quando estará em rota de colisão com Carreño Busta ou Dimitrov que veremos o que pode mostrar Raonic.
Afonso Vieira – Alexander Zverev: Demasiados especialistas em terra batida pela frente para acreditar em Zverev. Não acredito que vença Verdasco, Dzumhur e Cuevas consecutivamente. As condições em Roland Garros são bastante lentas e isso não beneficia em nada o jogo do alemão.
Zezé Morais – Andy Murray: vários são os jornalistas no Twitter que dizem que Andy Murray tem treinado em Paris com extrema dificuldade. O número um do mundo está longe de estar a ter uma temporada satisfatória e a terra-batida, embora tenha melhorado imenso, continua a ser a superfície em que tem mais dificuldade. Um encontro com Del Potro na terceira ronda poderá ser fatal.
Nuno Chaves – Andy Murray: não está a fazer uma boa temporada. O possível encontro com Del Potro na terceira ronda poderá ditar o afastamento prematuro do número um mundial
Primeira top-10 a cair
José Morgado – Angelique Kerber: na forma em que está, Ekaterina Makarova poderá ser demais para a alemã que, no entanto, se ganhar confiança, poderá discutir o título assim chegue em forma às rondas finais.
Susana Costa – Karolina Pliskova: A checa quer poucas conversas com a terra batida da Cidade-Luz, mas, a ter de lhe dizer alguma coisa, seria qualquer coisa como: “o problema não és tu, sou eu”. É que nos últimos quatro anos, Pliskova saiu de Paris sem conseguir conquistar dois encontros seguidos.
Mário Miguel Fernandes – Angelique Kerber: O começo de um Major nunca é fácil para nenhum dos favoritos, e por isso é que muitas das surpresas dos últimos anos têm acontecido na ronda inaugural. Frente a uma ex-top10, também canhota e uma ball striker como Ekaterina Makarova, Kerber pode ter uma rápida passagem por Roland Garros este ano.
João Guerra – Garbiñe Muguruza: Seja pelo facto de estar longe da boa forma, seja pelo caminho espinhoso que a espera em Paris, é difícil imaginar uma revalidação do título por parte da espanhola. A espanhola tem uma rota muito complicada só para chegar aos quartos-de-final. É possível, mas até agora Muguruza não tem mostrado jogo para tal.
Afonso Vieira – Angelique Kerber: Makarova, Tsurenko e Ostapenko. A não ser que Kerber eleve muito o seu jogo, não estou a ver a tenista germânica a sair-se bem em solo francês. Um quadro terrível para uma número um talvez no seu pior momento de forma.
Zezé Morais – Garbiñe Muguruza: a campeã em título terá ficado verde quando viu que iria defrontar a antiga campeã Francesca Schiavone logo na primeira ronda. Tendo em conta a motivação com que a italiana está a competir e a paixão com que joga em Roland Garros, será um osso duro de roer para a espanhola.
Nuno Chaves – Garbiñe Muguruza: Defende o título. A pressão é muita e a forma não é a melhor. Schiavone na primeira ronda ou Mladenovic numa possível quarta ronda poderão ditar uma eliminação numa fase inicial.