Roger Federer admite já ter pensado em retirar-se
Os Grand Slams podem até ser os torneios onde os jogadores menos estão dispostos a facilitar, evitando toda e qualquer distração que possa colocar em causa os tão desejados triunfos, mas a verdade é que, em provas que se estendem por duas semanas, o tempo vai dando para mais dois dedos de conversa do que o habitual.
Roger Federer, um conversador nato, que consegue prender o mais desinteressado dos ouvintes, vai deixando escapar em Paris algumas considerações com elevados níveis de interesse. A última que nos chegou aos ouvidos prende-se com o seu adeus definitivo ao ténis. Não está a pensar nisso, para já, mas é um assunto que admite já lhe ter passado pelas ideias.
“Por um momento, eu pensei sobre isso, mas disse a mim mesmo ‘ainda não sei o que quero fazer’. Não queria retirar-me e depois ter regressar novamente, isso não faz o meu género”, confessou o suíço de 33 anos ao jornal francês Le Monde, revelando que esse momento aconteceu após o triunfo da suíça na Taça Davis, em novembro do ano passado.
“Teria sido bom se me tivesse retirado nessa altura, mas não podia ter tomado essa decisão naquele momento”.
Para marcar presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no próximo ano, uma das competições que está nos seus planos antes de pensar em abandonar a competição, o campeoníssimo suíço precisa de disputar mais um encontro ao serviço da seleção helvética, uma regra que considera “ridícula”.
As atenções estão, para já, centradas na Europa e na tentativa de repetir em Roland Garros o triunfo alcançado em 2009. O suíço defronta o espanhol Marcel Granollers esta quarta-feira, na segunda ronda do Grand Slam gaulês.