Roddick com visão fatalista caso super circuito saudita agarre Grand Slams
Muito se tem falado sobre a entrada definitiva em cena da Arábia Saudita no que ao ténis diz respeito. Andy Roddick juntou-se a esse debate, com o antigo tenista norte-americano a considerar que a criação de um eventual super circuito pode ter um impacto fatal.
“Se de repente os Grand Slams tiverem a ver com tudo isto, não acho que os jogadores renunciem a disputar os torneios com que sonhavam desde os 6 anos. A mim iria custar muito não o fazer. Pessoalmente, teria de jogar os Grand Slams. Eu recusei uma oportunidade para jogar uma exibição em abril. Disse que não porque não queria que depois se dissesse quanto me iam pagar. Nem quis saber, disse logo que não. Odeio ser hipócrita e já me tinha posicionado anteriormente”, revelou no seu podcast Served.
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Mas Roddick foi mais longe em relação às consequências caso o referido super circuito agarre os Majors. “Se esse super circuito absorver os quatro Grand Slams, vão ter tudo. Os valores principais da ATP são a sua infraestrutura, história, sistema de classificação e relação com os jogadores. No momento em que tiverem os torneios, criarem o seu próprio ranking e os Grand Slams sejam parte deste novo investimento, não acho que sejam circuitos em competição. O circuito ATP estaria acabado”, garantiu.
Por outro lado, o antigo número um do Mundo levantou um problema importante e prático. “O diabo está nos detalhes. A homossexualidade é ilegal na Arábia Saudita, mas temos tenistas abertamente homossexuais. Kasatkina disse-o no ano passado abertamente. Se jogar ali, estamos a dizer para estar uma semana livre da sua sexualidade? Como protegemos os nossos próprios jogadores, cujas escolhas vitais são consideradas um crime quando entram neste sítio?#8221;, questionou.