Presidente da ATP quer continuar a reduzir torneios ATP 250: «São importantes, mas temos demasiados»
TURIM. ITÁLIA. O presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, deu esta terça-feira em Turim uma conferência de imprensa onde abordou temas estruturais do circuito masculino, desde o futuro dos torneios 250 até ao formato da Taça Davis.
“Nos últimos anos reduzimos o número de torneios ATP 250 de 38 para 29. O objetivo, com a entrada do Masters 1000 da Arábia em 2028, é reduzi-los ainda mais. Os 250 são importantes, tal como os 500 ou os Challengers, mas temos demasiados”, afirmou Gaudenzi, sublinhando que o circuito precisa de um calendário mais equilibrado. “O ano tem 52 semanas, mas os jogadores precisam de descanso, férias e tempo para trabalhar o físico e o ténis. A pré-temporada é demasiado curta“, reconheceu.
O dirigente italiano insistiu que a prioridade da ATP é reforçar o seu produto “premium”: os Masters 1000. “Os fãs querem ver os melhores a jogarem entre si. É isso que dá valor aos Masters, aos Grand Slams e às Finals”, explicou.
Sobre a expansão dos Masters de duas semanas, Gaudenzi destacou o impacto financeiro positivo. “Torneios mais longos permitem vender mais bilhetes. Em eventos como o Canadá e Cincinnati, isso aumentou as receitas e permitiu distribuir mais de 20 milhões de dólares em bónus, contra os seis milhões anteriores.”
O presidente da ATP comentou ainda o formato da Taça Davis, defendendo uma mudança: “Foi onde joguei os meus melhores encontros. O formato ideal é o de jogos em casa e fora. Devíamos ter a Davis de dois em dois anos. Nenhum Mundial se joga todos os anos — isso daria mais valor à competição e aliviaria o calendário.”
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