Paire: «Vivo e trabalho para jogar em courts grandes, não em Challengers…»
Benoit Paire quebrou um jejum de um ano e meio para vencer novamente no quadro principal de um torneio do ATP Tour, ao bater Andy Murray rumo aos oitavos-de-final do ATP 250 de Montpellier. O francês de 34 anos, número 112 do Mundo, não escondeu o orgulho que sentia por esse feito.
UM TRIUNFO ESPECIAL
Há muito tempo que não jogava torneios deste nível. Estive um ano em Challengers, à parte de Roland Garros, em que tive um wild card. Foi um ano complicado, mas não tive remédio a não ser voltar aos Challengers para somar pontos e subir no ranking. O meu objetivo era terminar no top 100 e não o consegui. Desde a Covid foi difícil e não tive muito bons resultados. Mas aqui, no court Patrice Dominguez, que é alguém que me ajudou muito quando era jovem, significa muito para mim. Estive na final há 11 anos e só tenho boas recordações. Ganhar ao Andy é genial, é mágico.
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CRÍTICAS DE QUE FOI ALVO
É difícil. Estava no 18.º lugar do ranking e jogava grandes torneios. Depois vi-me em Challengers apenas durante um ano e contra tipos que jogam bem. Continuava a ouvir críticas de que a única coisa que faço é beber álcool e que não faz sentido continuar no ténis. É difícil a cada dia, mas acredito que me esforcei bastante e fui recompensado.
O SONHO MANTÉM-SE
Continuo apaixonado pelo ténis, por jogar em grandes courts e disputar grandes encontros. Vivo e trabalho para isso, não para estar em Challengers. Ainda tenho o que é preciso para jogar os torneios de que gosto. Fisicamente, e se mantiver a cabeça no encontro, ainda posso conseguir bons resultados. Não quero acabar em torneios inferiores e arrepender-me. Sei há muito tempo que posso derrotar bons jogadores. Esta vitória que quando a minha cabeça e o meu físico estão lá, ainda sou capaz de brilhar. Murray está no fim da carreira, mas continua a ser difícil de bater. Fiz uma grande exibição. Adoro jogar com este tipo de adversários num court grande, sou capaz de grandes coisas. Mas para jogar num court grande há que voltar aos Challengers e isso não tem sido fácil.