Novak Djokovic rendido a Vacherot: «É um feito incrível e histórico para o ténis monegasco»
Aos 38 anos, o campeoníssimo sérvio Novak Djokovic continua a jogar a alta voltagem e a resistir a grande parte do circuito, apesar de tudo, mostrando toda a resiliência e capacidade de superação que o definem nos momentos mais complicados.
Esta quinta-feira, o detentor de 24 títulos do Grand-Slam ultrapassou o exigente e talentoso opositor belga Zizou Bergs nos quartos-de-final com os equilibrados parciais de 6-3 e 7-5, num encontro onde se voltaram a evidenciar as altas sensações térmicas (35°C), além da elevada humidade (80%) que tantas dificuldades tem causado aos jogadores.
Com a chegada da 43.° vitória no Masters 1000 chinês, o 4 vezes campeão da prova ficou também mais próximo de atingir um número redondo na sua carreira, ao garantir a 198.° meia-final no circuito principal, sendo que passa a registar 10 (em 11 participações) em Xangai e 80 em Masters 1000 – absolutos recordes.
À sua frente nesta particular estatística estão situados dois ícones da modalidade. São eles Jimmy Connors, com 239 meias-finais, e Roger Federer, com 211, números que impressionam e que dificilmente serão alcançados por Novak Djokovic, dadas as naturais circunstâncias.
Em conferência de imprensa aos meios de comunicação social, o tenista do Balcãs elaborou respostas interessantes como é seu apanágio, analisou a situação atual na prova e os desafios que se seguem e foi ainda muito elogioso na hora de falar sobre o monegasco Valentin Vacherot, seu adversário nas meias-finais, e os sucessivos feitos históricos que está a protagonizar esta semana.
FORMA COMO É RECEBIDO E TRATADO NA CHINA
Sinceramente, não é só por estarmos aqui, mas jogar na China, no court central, é algo especial. Cada jogo aqui dá-me emoções e sensações incríveis, por causa do enorme apoio que tenho recebido. Não esperava que fosse tanto assim. Sei que as pessoas apreciam e respeitam o que alcancei nestes mais de 20 anos, mas tem sido cada vez melhor. Tenho tentado retribuir esse amor jogando bom ténis, e espero que estejam a gostar.
O SUCESSO EM XANGAI
Não é segredo que adoro jogar na China. Como acabei de dizer, o apoio do público faz-me sentir confortável e dá-me energia. Quando estás no court e sentes o público a empurrar-te, é uma sensação incrível. É isso que acontece praticamente em cada jogo que jogo aqui. Tenho lutado um pouco com os níveis de energia. Mas sempre que o público me apoia, sinto essa energia e tento retribuir. Estou a desfrutar. Tanto quanto posso, estou a divertir-me e a desfrutar do jogo diante deles.
SOBRE VALENTIN VACHEROT
Conheço-o há alguns anos. Está classificado por volta dos 200 melhores. Joga pelo Mónaco, o que é um feito incrível — o maior sucesso histórico do ténis monegasco. Fico feliz por ele e pela sua equipa. O Benjamin Balleret [treinador e meio-irmão] é alguém que conheço há muitos anos do Mónaco. O Valentin tem vindo a melhorar. Sempre soubemos que tem grande potencial — um bom serviço, um jogo forte, é um jogador grande. É um sucesso histórico para ele, e sim, estou ansioso por jogarmos. Espero conseguir a vitória.
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