Nadal pragmático: «Se estiveres mesmo lesionado é impossível ganhar»
Fresco de uma clara vitória sobre Fabio Fognini, Rafael Nadal garantiu que está a sentir-se cada vez melhor no Australian Open. Problemas nas costas tiraram o espanhol da ATP Cup e limitaram-no no arranque do torneio, mas agora encara os quartos-de-final frente a Stefanos Tsitsipas com muito mais confiança.
“O primeiro set com o Fabio foi o meu melhor nível do torneio. Mas é normal porque consegui treinar dois dias seguidos. Isso faz diferença. A minha condição física tem de continuar a melhorar, mas este encontro ajuda. Não fui capaz de treinar como deve ser nos últimos 19 dias, mas ontem comecei a aumentar a carga de trabalho. Hoje foi uma vitória positiva com alguns pontos longos e isso ajuda”, sustentou o número dois do mundo.
Tema de conversa foi também a questão das lesões. Afinal de contas, este tem sido um Australian Open marcado por problemas seus, bem como de Novak Djokovic e Matteo Berrettini, que teve mesmo de desistir antes de defrontar Stefanos Tsitsipas. Nadal foi pragmático a abordar o assunto.
“Se estiveres mesmo lesionado é impossível ganhar. Se tiveres alguma dor e isso não te colocar numa situação que não te limita a ti, os movimentos, se calhar dá para arranjar uma forma. Mas quando tens mesmo, mesmo uma lesão, é impossível ganhar um torneio destes”, começou por apontar, antes de lembrar uma história sua.
“É preciso ver o tipo de lesão. Tanto podes ter algo partido, mas se for uma distensão muscular ou algo no abdominal, por exemplo, podes cometer erros porque não sabes o que vai acontecer. Por exemplo, lembro-me que em 2009 comecei o US Open com uma distensão no abdominal. Comecei com seis milímetros e, depois de perder nas meias-finais com o Del Potro, tinha 26 milímetros. Não foi uma decisão inteligente”, recordou.