Mãe de Schwartzman revela: «Passei fome quando estava grávida. Coloquei todas as minhas esperanças na carreira dele»
É um dos mais talentosos e populares jogadores do circuito ATP na atualidade e tem também uma das histórias de vida mais impressionantes. Diego Schwartzman, número dois argentino e atual 24.º do ranking mundial, nasceu no seio de uma família humilde, que teve de passar muitas dificuldades de todos os níveis para que o mais novo de quatro filhos pudesse seguir o sonho de tenista profissional.
“Sempre tivemos muitas dificuldades, eu passei fome durante a gravidez, mas no dia em que o Diego nasceu eu soube logo que ele tinha algo de especial. Vi que ele gostava de ténis, desde muito pequeno e apostei tudo na carreira dele. Coloquei todas as minhas esperanças nisso pois sempre acreditei que teria um filho tenista”, desabafou a mãe de El Peke, Silvana, em declarações ao site do ATP.
Com menos de 1,70 metros, Schwartzman é um dos jogadores mais baixos de todo o circuito e descobriu que assim seria muito cedo. “Aos 13 anos fomos a um médico que lhe disse que ele nunca ultrapassaria 1,70m. Ele saiu de lá arrasado, a dizer que nunca mais jogaria ténis na vida. A frase que os treinadores mais lhe repetiram na vida foi ‘se fosses uns centímetros mais alto'”
As dificuldades económicas, no entanto, não foram rapidamente ultrapassadas e a mãe Silvana acompanhava o filho aos torneios para… vender pulseiras. “Aproveitava para vender pulseiras aos colegas deles, às famílias e convencia até os outros jogadores a venderem também a quem conheciam. Isso foi muito importante para ajudar a pagar as deslocações e hotéis. Procurávamos sempre as soluções mais baratas”.
Diego Schwartzman joga esta sexta-feira os quartos-de-final de singulares em Buenos Aires, diante do esloveno Aljaz Bedene, e também está nas meias-finais de pares, ao lado de Dominic Thiem.