Kyrgios: «Vou desligar os canais de ténis, apagar a app do ATP e jogar no computador»
Foi sobre a relva que Nick Kyrgios atingiu um dos maiores resultados da carreira, ao alcançar os quartos-de-final em Wimbledon no ano passado, derrotando pelo caminho Rafael Nadal, mas a incursão na mais natural das superfícies esta temporada esteve longe de correr bem.
O finalista do Millennium Estoril Open demorou-se pelo tradicional e seleto Queen’s Club não mais do que 49 minutos, o tempo que Stanislas Wawrinka precisou para colocar um travão nas ambições do jogador de 20 anos. Ora, contente é que Kyrgios não ficou.
Após o encontro, o australiano confessou estar cansado e precisar de fazer uma pausa antes que as portas do All England Club se abram. “Provavelmente, vou ficar em casa durante uns dias, a dormir, a jogar computador e a descontrair. Vou desligar todos os canais de ténis, apagar a aplicação do ATP e não pensar em ténis durante uma semana ou assim”, revelou.
Com casa arrendada em Londres por esta altura, o jogador de Camberra confessou não estar muito preocupado com a defesa dos muitos pontos que conquistou na época transacta em Wimbledon:
“Ainda me sinto confiante. Sei que posso fazer bons resultados, e não preciso necessariamente de muitos encontros antes dos Grand Slams. No Open da Austrália, apenas tinha um encontro ganho antes de o disputar [e alcançou os quartos-de-final]. Não sei. Preciso apenas de descontrair durante uns dias, estou muito cansado”.
Ainda sobre o encontro diante do campeão de Roland Garros, Kyrgios confessou que se sentiu “desconfortável durante todo o encontro por estar doente desde o fim-de-semana”. Declarações que Wawrinka disse terem… piada.
“Quando li a entrevista achei graça, há uma série de coisas que podes retirar dela. Li antes do encontro que ele estava preparado, entusiasmado com o desafio, e agora está doente. Estou só a querer dizer que ele diz muitas coisas, e acho que é sempre interessante ler sobre o que ele diz para perceber como funciona a sua cabeça”, rematou o helvético, não sem antes lhe dirigir um par de elogios. “É um jogador muito talentoso. É o futuro do ténis”