Jarry, suspenso em tempo de quarentena, revela que a Nike lhe suspendeu contrato
Nicolas Jarry, suspenso por doping até 15 de novembro, conseguiu provar que consumiu uma substância ilegal de modo involuntário, depois de as suas vitaminas terem sido contaminadas num laboratório brasileiro. O chileno viu, ainda assim, o seu nome ser manchado, e assume que tem sido nada fácil lidar com isso.
“Tudo foi tratado através do meu advogado e da ITF. Houve muita incerteza e desde o início fui sempre encarado como se tivesse feito tudo de propósito e fosse culpado. Foi muito complicado que achassem que eu era a melhor pessoa do Mundo. Nunca pensei que uma das minhas pastilhas pudesse estar contaminada. Sempre achei que uma coisa destas só acontecesse numa proteína forte ou assim. Nunca num suplemento vitamínico como aquele que tomei, muito menos num laboratório que em teoria eu esperava que estivesse limpo”, contou durante um direto no Instagram.
Jarry revela que todos os seus patrocinadores acreditaram na sua versão desde início, mas que a Nike suspendeu o seu contrato de forma automática, como é prática da marca norte-americana. “Contei às marcas desde o primeiro minuto. A Wilson ajudou-me, sabem como sou. A Nike fez a mesma coisa, mas é uma empresa muito maior e por isso o contrato suspendeu-se automaticamente. “
O chileno acredita que a união entre ATP e WTA pode ser uma boa solução, mas alerta para outros problemas que têm de ser resolvidos antes. “O ténis é uma modalidade em que só os primeiros 80 jogadores ganham bom dinheiro. Depois até ao 150 ainda dá para alguma coisa. Até ao 230 safa, mas daí para trás é duríssimo. É para perder dinheiro. Acho que temos de resolver isso antes de nos juntar-nos ao WTA.”