James Blake sobre Federer: «É uma aberração»
Façamos o seguinte exercício especulativo: imagine que lhe é pedido para caracterizar Roge Federer e os inúmeros e excecionais feitos que conquistou ao longo da sua quase eterna carreira… numa palavra apenas. É caso para calafrios e palmas da mão a suar.
Ou talvez não. Porque quando se trata de falar sobre o campeoníssimo suíço, há dois tipos de pessoas – sejamos redutores: os que ficam sem palavras, tamanho é o respeito, e os que destravam a língua de imediato, dando início a uma autêntica enxurrada de adjetivos.
E é ao segundo grupo que James Blake pertence. Para o norte-americano, Federer é nada menos que uma aberração. No melhor dos sentidos, ora. Em entrevista concedida ao The Telegraph, o antigo jogador de 35 anos afirmou que o segredo para o sucesso do helvético de 34 anos se deve à forma como sempre se empenhou e trabalhou, em partes iguais, no seu ténis e na prevenção de lesões.
“Ele é um caso de aberração, em muitos aspetos”, começou por dizer o antigo número quatro do ranking, referindo, ainda, que não é por acaso, nem apenas fruto da sorte, que Federer se tem conseguido manter bem longe das lesões. “Ele é subestimado quando se diz que nunca tem lesões, porque ele prepara-se muito bem. Parte da sua grandeza é a longevidade”, exaltou.
Uma longevidade que Blake, retirado da competição desde 2013, não pode deixar de invejar. O campeão de dez títulos ATP acha inconcebível que Federer, apenas 18 meses mais novo, vá marcar presença num Grand Slam pela 65.ª vez, no Open da Austrália 2016.