Ivanovic: «Transição para a relva é a parte mais difícil do ano»
A primeira metade da temporada de Ana Ivanovic não correu exatamente como a sérvia desejava, mas acabou em Roland Garros com o seu melhor resultado em torneios do Grand Slam desde 2008: umas meias-finais. De regresso à relva para defender o seu único título da carreira na superfície, em Birmingham, a sérvia de 27 anos diz-se pronta para encarar as especificidades do piso mais antigo do Mundo.
“É a altura mais difícil do ano fazer esta transição da terra para a relva. Sinceramente tive poucas oportunidades de treinar, porque tem estado sempre a chover. Treinei apenas duas vezes mas ainda tenho algum tempo até ao meu primeiro encontro”, afirmou em declarações aos jornalistas como forma de antevisão do torneio inglês.
A sérvia confessa ter trazido muita confiança da quinzena em Paris. “Foi um torneio incrível para mim, especialmente porque não levava grandes expetativas. É claro que acabei por ficar desapontada, porque tive hipóteses de chegar ainda mais longe. Mas o trabalho que tenho feito faz-me estar confiante de que estou no rumo certo”.
De regresso à elite nos últimos dois anos depois de várias temporadas sem conseguir discutir os grandes título, Ivanovic diz que a chave do sucesso… é treinar menos. “Eu trabalho bastante, mas há que encontrar um balanço. Quando era mais nova só pensava em ténis e não tinha mais vida para além disso. Desde há dois anos que isso mudou. Agora trabalho menos no court e mais no sentido de colocar a minha cabeça no lugar. Agora vou mais à praia e às compras. E isso ajudou-me a ter mais sucesso”.
Recorde-se que a sérvia inicia a sua temporada de relva diante de… Michelle Larcher de Brito. A número um nacional vem com rodagem em relva (7-2 em 2015) e três vitórias consecutivas sobre tenistas do top-100 no evento inglês: Yulia Putintseva e Irina Falconi, na fase de qualificação, e SaiSai Zheng já na primeira ronda do quadro principal.